As baratas, conhecidas por sua extrema resiliência, não são páreo para os tardígrados. Também conhecidos como “ursos d’água”, eles são minúsculas criaturas famosas por sua capacidade de sobreviver a condições extremas, incluindo radiação intensa, temperaturas congelantes e até mesmo o vácuo do espaço. Eles podem ser encontrados em ambientes aquáticos em todo o mundo, mas sua história evolutiva tem sido difícil de rastrear devido às raras evidências fósseis.
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Um estudo recente de pesquisadores da Universidade de Harvard forneceu novas ideias e percepções sobre a evolução dos tardígrados. A equipe examinou dois fósseis preservados em âmbar da época dos dinossauros. Usando técnicas avançadas de microscopia, eles conseguiram estudar os restos pré-históricos desses bichinhos em grande detalhe.
Novas espécies
Os pesquisadores identificaram um fóssil como uma espécie conhecida e descobriram uma nova, que chamaram de Aerobius dactylus. Esta nova descoberta eleva o número total de fósseis de tardígrados conhecidos para apenas quatro.
O estudo ajuda os cientistas a entender melhor quando diferentes espécies de tardígrados evoluíram e quando desenvolveram suas famosas habilidades de sobrevivência. Por exemplo, a pesquisa sugere que os tardígrados modernos provavelmente apareceram pela primeira vez há mais de 500 milhões de anos, e que sua capacidade de entrar em um estado de animação suspensa para sobreviver a condições adversas provavelmente evoluiu muito antes da maior extinção em massa da história da Terra.
“Estimamos que esse mecanismo de sobrevivência provavelmente evoluiu durante o Paleozoico médio e tardio, o que pode ter desempenhado um papel crucial em ajudar os tardígrados a suportar a extinção em massa do fim do Permiano, um dos eventos de extinção mais severos da história da Terra”, disse o professor Javier Ortega-Hernández, que assina o artigo publicado recentemente na revista Communications Biology.
Esta pesquisa é importante porque fornece novas informações sobre como uma das criaturas mais resistentes da Terra evoluiu ao longo do tempo. Os cientistas encorajam outros que estudam fósseis de âmbar a ficarem de olho em mais tardígrados, pois novas descobertas podem expandir ainda mais nosso conhecimento desses organismos fascinantes.