Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Costela fraturada de T-rex revela novidades sobre a recuperação de dinos após batalhas

Novo estudo aponta que o T-rex Scotty morreu meses após sofrer a fratura e os vasos sanguíneos na região foram preservados

Por Natalia Tiemi Hanada Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jul 2025, 11h03

Um estudo publicado na revista Scientific Reports da Nature revelou novas informações sobre como os dinossauros se recuperavam após grandes batalhas. O objeto de estudo dos pesquisadores foi o fóssil do maior T-rex já encontrado na Terra, apelidado de Scotty. Além do seu tamanho, este dinossauro tem um diferencial: uma costela quebrada. Apesar de soar como uma desvantagem em um cenário de sobrevivência, a fratura preservou os vasos sanguíneos na região que criou uma nova perspectiva de análise por volta de 66 milhões de anos depois da morte do dinossauro.

Descoberto em 1991 por paleontólogos, uma réplica de Scotty está no Royal Saskatchewan Museum, no Canadá, país onde foi escavado. Nos bastidores, pesquisadores seguem analisando o fóssil original do ‘rei dos dinossauros’ do período Cretáceo. Em 2019, o então estudante de graduação na Universidade de Regina, Jerrit Mitchell, observou a costela fraturada do T-rex e notou as atípicas estruturas internas no osso, que depois se confirmaram como vasos sanguíneos preservados. 

“Normalmente, o que é preservado no registro fóssil são apenas as partes duras — apenas os ossos ou os dentes”, Mitchell disse à CBC News. “Mas, em circunstâncias raras, também podemos ter tecidos moles preservados, e isso pode nos revelar muito mais sobre como os dinossauros viviam há milhões de anos.”

Por que os vasos foram preservados?

A evidência de fato se tornou reveladora, e Mitchell, agora um estudante de doutorado na mesma instituição, criou com seus colegas um modelo 3D das estruturas internas e externas do fóssil. Com imagens de raio-x síncrotron, os pesquisadores não causaram dano ao material e concluíram que o T-rex Scotty morreu quando ainda se recuperava da fratura na costela. Os autores do artigo indicam que o processo incompleto da regeneração do osso é o provável motivo que manteve os vasos sanguíneos preservados por milhões de anos.

vasos sanguineos
Modelo 3D dos vasos sanguíneos do T-rex Scotty (University of Regina / Facebook/Divulgação)
Continua após a publicidade

“Estruturas de vasos sanguíneos preservadas, como as que encontramos na costela de Scotty, parecem estar ligadas a áreas onde o osso estava em processo de cicatrização”, Mauricio Barbi, supervisor de Mitchell, coautor do estudo e físico da Universidade de Regina, disse em um comunicado. “Isso ocorre porque, durante o processo de cicatrização, essas áreas recebiam um fluxo sanguíneo aumentado.”

Os pesquisadores são otimistas para pesquisas futuras de tecidos moles preservados em fósseis. Segundo o artigo, a análise “demonstra o potencial para um estudo muito mais amplo que acompanhe a capacidade de cicatrização e crescimento ósseo de outros dinossauros do período Cretáceo”.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Ofertas exclusivas para assinatura Anual.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.