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Em registro raro, filhotes de urso-polar saem da toca pela primeira vez; assista

Monitoramento na Noruega revela mudanças no comportamento dos ursos-polares e indica que filhotes podem estar deixando os abrigos mais cedo do que o esperado

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 fev 2025, 18h30

Depois de meses escondidos sob o gelo, filhotes de urso-polar foram registrados deixando suas tocas pela primeira vez. As imagens, captadas por câmeras remotas no arquipélago de Svalbard, na Noruega, fazem parte de um estudo conduzido pelo Instituto Polar Norueguês, em parceria com a organização Polar Bears International. O monitoramento da espécie ocorre há dez anos, mas as filmagens utilizadas na pesquisa foram realizadas entre 2016 e 2020, e retomadas em 2023, acompanhando 13 tocas para entender os padrões de saída dos filhotes e identificar possíveis mudanças no comportamento da espécie.

Os registros mostram uma mãe ursa emergindo da toca, seguida de seus filhotes, que ainda apresentam dificuldades para caminhar no terreno gelado. Os pesquisadores observaram que as famílias costumam permanecer na área do abrigo por cerca de 12 dias, período em que os filhotes fortalecem a musculatura antes de seguir para o gelo marinho. Esse tempo, no entanto, varia: enquanto algumas mães deixam a toca em menos de 48 horas, outras permanecem ali por até um mês.

Assista ao vídeo abaixo:

Os primeiros passos no gelo

Os filhotes de urso-polar nascem cegos, sem pelos e pesando cerca de 600 gramas. Durante os primeiros meses, vivem dentro da toca, protegidos do frio extremo e alimentando-se exclusivamente de leite materno, que garante um rápido crescimento. Ao emergirem, já cobertos por uma camada espessa de pelo branco, pesam em média 10 a 12 quilos, mas ainda estão longe da independência.

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Nesse sentido, a toca de neve desempenha um papel essencial nessa fase. Além de servir como barreira contra as baixas temperaturas, que podem atingir -30°C, ela proporciona um ambiente seguro para que os filhotes desenvolvam força muscular e coordenação antes de encarar o ambiente externo. Qualquer alteração nesse processo pode impactar diretamente as taxas de sobrevivência da espécie.

Um sinal de alerta?

O estudo revelou que algumas famílias estão emergindo das tocas mais cedo do que o registrado anteriormente. A principal hipótese dos cientistas é que o aquecimento acelerado do Ártico, que ocorre quatro vezes mais rápido do que a média global, esteja alterando a qualidade da neve usada para a construção dos abrigos. Se as tocas se tornarem instáveis, as mães podem ser forçadas a sair antes do tempo ideal, comprometendo o desenvolvimento dos filhotes.

Outro dado observado foi o deslocamento de algumas fêmeas para outras tocas antes de abandonar a área. Esse comportamento não é comum entre os ursos-polares e sugere que mudanças ambientais podem estar interferindo no ciclo reprodutivo da espécie. Ainda não há conclusões definitivas sobre os impactos dessa alteração, mas os cientistas avaliam que uma saída precoce pode reduzir as chances de sobrevivência dos filhotes ao longo do primeiro ano de vida.

O monitoramento contínuo dos ursos-polares deve ajudar a compreender os impactos dessas mudanças nos próximos anos. As imagens inéditas captadas pelas câmeras fornecem novos dados sobre essa fase pouco documentada da espécie e ajudam a acompanhar possíveis alterações no comportamento dos animais diante das transformações do Ártico.

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