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Galáxia discreta esconde buraco negro 174 milhões de vezes maior que o Sol

Objeto foi identificado pelo telescópio Hubble, a 250 milhões de anos-luz da Terra; descoberta ajuda a entender como esses colossos influenciam o cosmos

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jul 2025, 18h00

À primeira vista, a galáxia UGC 11397, localizada na constelação de Lyra, parece comum. Seus dois braços espirais contêm estrelas recém-nascidas, nuvens de poeira e gás — como tantas outras no universo. Mas por trás dessa aparência serena, ela abriga um dos fenômenos mais extremos já registrados: um buraco negro supermassivo com 174 milhões de vezes a massa do Sol.

O objeto foi identificado pelo telescópio espacial Hubble não por sua aparência, mas por suas emissões intensas de raios X, capazes de atravessar as densas nuvens de poeira que envolvem o núcleo da galáxia. Essas emissões revelaram que o buraco negro está em plena atividade, se alimentando de gás, poeira e até estrelas. O comportamento classifica a UGC 11397 como uma galáxia Seyfert do tipo 2 — uma categoria de galáxias ativas cujo centro é ocultado por uma estrutura em forma de rosca feita de poeira e gás.

Por que essa descoberta é importante?

A observação de UGC 11397 faz parte de um projeto mais amplo conduzido com o Hubble para estudar centenas de galáxias com buracos negros ativos. O objetivo é entender como esses gigantes crescem, como influenciam o ambiente ao redor e qual o papel desempenham na formação e evolução das galáxias.

Buracos negros supermassivos, como o de UGC 11397, são encontrados no centro de praticamente todas as grandes galáxias — inclusive na Via Láctea. Mas muitos deles ainda estão escondidos atrás de espessas cortinas de poeira, o que dificulta sua detecção com telescópios ópticos tradicionais. Ao combinar dados de diferentes comprimentos de onda — como raios X e ondas de rádio — os cientistas conseguem driblar essas barreiras e revelar os mecanismos que alimentam esses colossos invisíveis.

Além de mapear os buracos negros mais próximos, o estudo também poderá lançar luz sobre o crescimento acelerado desses objetos no universo primordial, quando galáxias e buracos negros se formaram em ritmo frenético. Entender essa dinâmica é essencial para decifrar a história cósmica e a arquitetura do universo como conhecemos hoje.

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