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Girafa deve estar na lista de animais em extinção dos EUA, diz pedido

Cinco organizações ambientais assinaram um pedido formal para que o governo americano reconheça que o animal terrestre mais alto do mundo está em perigo

Por Da redação
Atualizado em 19 abr 2017, 12h42 - Publicado em 19 abr 2017, 12h41
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  • Conservacionistas enviaram nesta quarta-feira um pedido formal ao governo dos Estados Unidos para que as girafas entrem para a lista de animais ameaçados do Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos (FWS, na sigla em inglês). Com isso, eles procuram garantir que medidas preventivas sejam tomadas para barrar o que eles chamam de “extinção silenciosa” pela qual o animal está passando. A petição foi assinada por cinco grupos ambientais e encaminhada ao FWS.

    Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), que em dezembro de 2016 reconheceu a girafa como um animal ameaçado de extinção, existem apenas 97.560 desses mamíferos terrestres na África Subsaariana hoje. Considerando que, em 1985, a população era de 151.700 indivíduos, queda nos últimos trinta anos foi de quase 40%. Isso significa que, agora, existem menos girafas do que elefantes na África – sendo que estes últimos também já enfrentam sua própria luta contra a extinção. Entre as principais ameaças às girafas estão a perda de habitat, caça ilegal, atropelamentos e colisões com fios de energia, doenças – e, agora, também a morte por “caçadores de troféus”, alertam os conservacionistas.

    Segundo dados dos grupos que assinaram a petição oficial, na última década, os Estados Unidos, sozinho, importou mais de 21.000 esculturas ósseas, 3.000 peças de pele e 3.700 troféus de caça variados de girafas. Se incluídas na lista de espécies ameaçadas, as girafas teriam uma série de medidas protetivas asseguradas, incluindo restrições a qualquer cidadão americano que deseje viajar para a África e voltar com um “troféu” do animal como lembrança.

    A caça de girafas para produzir esses artefatos ganhou destaque em agosto de 2015, quando uma mulher americana postou nas redes sociais uma foto ao lado de animais que ela havia caçado durante uma viagem à África. Em uma das imagens, ela aparece posando apoiada no pescoço de uma girafa morta.

    Espécies diferentes, a mesma ameaça

    Em setembro de 2016, um extenso estudo de genética revelou que existem quatro espécies diferentes de girafas, e não uma, como se pensava. Uma vez que o cruzamento entre as quatro não gera descendentes férteis, cientistas consideram que isso pode também estar contribuindo para o declínio da população desses animais na natureza. A petição, no entanto, faz referência às girafas de maneira geral.

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    O documento foi assinado pela Fundação Internacional para o Bem-Estar Animal (IFWA, na sigla em inglês), Centro para a Diversidade Biológica, Sociedade Humanitária Internacional e sua divisão nos Estados Unidos, e o Concelho de Defesa de Recursos Naturais. Na página do IFWA, interessados podem assinar uma carta (disponível apenas em inglês), que será enviada também ao Serviço de Pesca e Vida Selvagem americano em apoio à petição.

    O governo americano afirmou que irá analisar o pedido e, depois, abrirá um período para que o público em geral envie seus comentários e considerações.

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