A Marinha dos Estados Unidos suspeita que o Titan implodiu logo após submergir, no domingo, dia 18, na região do Atlântico Norte perto do local onde estão os restos do Titanic. Os registros da força mostram uma anomalia horas depois que o submersível da OceanGate Expeditions iniciou a descida para visitar o naufrágio do transatlântico afundado em 1912. O veículo submarino levava cinco pessoas: o CEO da empresa, pai e filho de uma abastada família de paquistaneses e dois exploradores, um francês e outro britânico. Na quinta-feira, 22, a Guarda Costeira americana anunciou que havia encontrado destroços da nave que eram consistentes com um evento explosivo.
A investigação sobre o que aconteceu já estava em andamento e continuará na área ao redor do Titanic, onde foram encontrados destroços do submersível, disse o contra-almirante John Mauger, do Primeiro Distrito da Guarda Costeira. “Sei que também há muitas perguntas sobre como, por que e quando isso aconteceu. Essas são questões sobre as quais vamos coletar o máximo de informações que pudermos agora”, disse Mauger, acrescentando que foi um “caso complexo” que aconteceu em uma parte remota do oceano e envolveu pessoas de vários países.
O primeiro indício veio na noite de quinta-feira, quando um oficial da Marinha dos EUA afirmou que, depois que o Titan foi dado como desaparecido no domingo, a Marinha voltou e analisou seus dados acústicos e encontrou uma “anomalia” que era consistente com uma implosão ou explosão na vizinhança de onde a embarcação estava operando quando as comunicações foram perdidas. Os mortos eram Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a empresa que possuía e operava o submersível; dois membros de uma proeminente família paquistanesa, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood; o aventureiro britânico Hamish Harding; e o francês Paul-Henri Nargeolet, especialista em Titanic.
“Nós acreditamos que agora o nosso CEO Stockton Rush, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood, Hamish Harding e Paul-Henri Nargeolet, infelizmente, foram perdidos”, disse a OceanGate em nota à imprensa. “Esses homens eram verdadeiros exploradores que compartilhavam um distinto espírito de aventura e uma profunda paixão por explorar e proteger os oceanos do mundo. Nossos corações estão com essas cinco almas e todos os membros de suas famílias durante esse período trágico. Lamentamos a perda de vidas e a alegria que eles trouxeram para todos que conheciam. (…) Este é um momento muito triste para toda a comunidade de exploradores e para cada um dos familiares daqueles que se perderam no mar. Pedimos respeitosamente que a privacidade dessas famílias seja respeitada durante este momento mais doloroso.”