Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Mistério da baleia no meio do mato pode não ser tão misterioso assim

Bióloga explica que jubarte deve ter sido levada para a área – que é um manguezal e fica perto da praia – pela forte maré registrada na Ilha de Marajó

Por Da redação
26 fev 2019, 17h51
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A foto de uma baleia jubarte morta no meio de uma região de mata no Pará intrigou internautas nos últimos dias. Como o animal de 8 metros de comprimento poderia ter ido parar ali? Para especialistas, porém, o caso não é assim tão misterioso.

    A baleia, um macho com idade estimada em 1 ano, foi encontrada morta na sexta-feira 22, na Ilha de Marajó. Apesar de as imagens divulgadas nas redes sociais darem a impressão de que o animal está em uma região de mata densa, a área é um manguezal, que fica a no máximo 15 metros de distância da Praia do Araruna, na cidade de Soure.

    Biólogos acreditam que a jubarte foi levada já morta até o local pela forte maré registrada na ilha durante a semana passada – a maior do ano, segundo a prefeitura. “As macro marés comuns na costa Norte do Brasil tornam compreensível que uma carcaça vá parar dentro do manguezal”, explicou a oceanógrafa Maura Elisabeth Moraes de Sousa, do Instituto Bicho D’Água, ONG de conservação marinha da região.

    Maura afirma que o animal provavelmente se perdeu do seu grupo e encalhou. “É um filhotão que deve ter tentado fazer sua primeira migração e por algum motivo não conseguiu, deve ter se perdido e já chegou ali morto”, disse.

    A ocorrência de baleias da espécie na Ilha de Marajó é considerada rara. As pesquisas com jubartes no país reconhecem populações do mamífero circulando entre a Antártida e o arquipélago de Abrolhos, no litoral da Bahia. No norte do país, elas não costumam ser avistadas. “Nossa plataforma continental é muito extensa por causa da influência do Rio Amazonas. A área rasa é longa, o mar aberto fica muito longe, e por isso elas não são comuns por aqui”, diz a oceanógrafa.

    Continua após a publicidade

    A pesquisadora citou outros dois casos de encalhe de jubartes na Região Norte – um em 2018, no Amapá, e outro em 2009, em Quatipiru, no Pará.

    Resgate

    Pesquisadores do Instituto Bicho D’Água e do Museu Paraense Emílio Goeldi fizeram coletas para descobrir a causa da morte do animal. A questão agora é saber como remover a baleia do local, onde vivem pescadores. “Estamos pensando em usar búfalos para puxar a baleia”, diz Darlene Silva, secretária do Meio Ambiente de Soure.

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.