Eis um dano ambiental que também só pode ser combatido por meio de políticas públicas amplas. Um estudo da Universidade Radboud (Holanda), publicado na terça-feira 14, mostrou que a caça é a principal responsável pelas drásticas reduções no número de mamíferos — até mesmo em florestas tropicais consideradas quase intactas.
Publicada na revista científica americana PLOS Biology, a pesquisa compilou dados de 160 estudos realizados ao longo de quarenta anos e coletou informações de 300 animais. Os resultados foram assustadores: 47% das florestas tropicais sofreram algum tipo de perda de mamíferos, incluindo a extinção de espécies, de rinocerontes a primatas, num processo chamado defaunação.
A defaunação atinge principalmente as porções central e ocidental da África, a América Central, o noroeste da América do Sul e o sudeste da Ásia. Camarões foi um dos países mais impactados — 50% das espécies de mamíferos sofreram redução de ao menos 70%. A única forma de cessar o extermínio: parar de vez com a caça de animais silvestres.
Publicado em VEJA de 22 de maio de 2019, edição nº 2635
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