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Múmias com línguas de ouro são encontradas em sarcófago egípcio

Arqueólogos destacam que a câmara funerária é uma das mais elaboradas já descobertas na região

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jan 2025, 12h08

Uma equipe de pesquisadores egípcios e espanhóis revelou um tesouro de artefatos funerários na antiga cidade de Oxirrinco, situada na atual região de Al-Bahnasa, Egito. Datados da era ptolomaica (305-30 a.C.), os achados incluem itens de ouro, amuletos e elaboradas representações rituais, que enriquecem o que sabemos sobre as práticas religiosas e funerárias do período.

 

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Amuletos de língua de ouro encontrados nas bocas das múmias — (Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/Facebook)

 

Entre os itens mais notáveis estão 13 línguas de ouro, cuidadosamente colocadas nas bocas das múmias. Esses amuletos simbólicos tinham a função de permitir que os mortos falassem durante o julgamento final perante Osíris, o deus egípcio responsável por julgar os mortos, garantindo-lhes acesso à vida após a morte. Embora raramente encontradas em tumbas egípcias, devido aos saques comuns no século XIX, essas línguas de ouro refletem o que os antigos egípcios consideravam indispensável para a jornada espiritual no além da vida.

Outra descoberta de destaque foi a de uma múmia com unhas de ouro, associadas a indivíduos de alto prestígio e poder. Segundo os arqueólogos, esses adornos eram utilizados tanto para preservar o corpo durante o embalsamamento quanto para protegê-lo de perigos espirituais.

 

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Folhas de ouro que se acredita serem protetores de unhas — (Ministério do Turismo e Antiguidades Egípcio/Facebook)
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O túmulo também continha escaravelhos em forma de coração, amuletos e pinturas representando divindades como Hórus, Thoth, Ísis, Anúbis, Osíris, Atum e Nut, cerâmica funerária e vasos canópicos que armazenavam os órgãos dos falecidos. Muitos desses artefatos são inéditos em sítios arqueológicos da região.

Um complexo de grande riqueza

A escavação revelou um extenso complexo funerário composto por várias câmaras interligadas. No interior, dezenas de múmias foram encontradas dispostas lado a lado. Quatro sarcófagos de calcário intactos indicam que algumas sepulturas pertenciam a pessoas de alto status.

 

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Itens de cerâmica, incluindo escaravelhos, pilares Djed, olhos Wadjet e divindades — (Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/Facebook)
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Em uma das câmaras, os arqueólogos localizaram os restos mumificados de um homem com uma língua de ouro e um escaravelho de coração ainda em suas posições originais. O rosto estava adornado com folhas de ouro, e ele era representado em uma pintura sendo embalsamado pelas mãos de Anúbis, sob o olhar de Ísis e Néftis. É possível que este homem seja Wen Nefer, o proprietário do túmulo, embora a tradução dos vasos canópicos seja necessária para confirmar sua identidade.

 

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A deusa Nut foi pintada no teto do túmulo — (Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades/Reprodução)

Os arqueólogos destacam que o túmulo é uma das câmaras funerárias mais elaboradas já descobertas na região. Com evidências de mais de 300 sepultamentos, incluindo 52 múmias da era ptolomaica. As ilustrações nas paredes, que retratam divindades egípcias, reforçam a riqueza simbólica e espiritual do local.

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De acordo com o jornal Al-Ahram, a equipe de pesquisa continuará as escavações em Al-Bahnasa, explorando os mistérios ainda ocultos sobre a vida, a morte e as crenças do Egito Antigo.

 

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