‘Não são aliens’, diz autoridade sobre suposta múmia encontrada no Peru
Peças foram apresentadas no congresso mexicano como sendo de seres extraterrestres
Em setembro de 2023, o jornalista e ufólogo José Jaime Maussan apresentou no congresso mexicano o que ele alegou serem cadáveres de seres de outro mundo. O caso foi recebido com espanto e descrença ao redor do mundo e, agora, ganha um veredito. De acordo com autoridades forenses peruanas, se tratam apenas de bonecos fabricados com ossos de animais, cola, papel e metal.
As peças foram encontradas no Peru, em uma embarcação que tinha o México como destino. De acordo com Maussan, elas haviam sido submetidas a análises por pesquisadores da Universidade Nacional Autônoma do México, que teriam concluído que 30% do material genético da criatura era desconhecido. Elas teriam vindo, de acordo com as alegações, de outro planeta ou de um centro alienígena.
O veredito das autoridades, no entanto, é assertivo. “A conclusão é simples: são bonecos montados com ossos de animais deste planeta, com colas sintéticas modernas, portanto não foram montados na época pré-hispânica”, disse o arqueólogo forense, Flavio Estrada, em coletiva. “Eles não são extraterrestres; eles não são alienígenas.”
Os pesquisadores também analisaram supostas mãos com três dedos que foram apresentadas na mesma ocasião e concluíram que elas foram “muito pobremente” construídas com ossos humanos.
Precedente
Não é a primeira vez que um episódio como esse acontece, envolvendo os mesmos personagens. Em 2015, Maussan disse ter encontrado múmia extraterrestres na linha de Nazca, mas análises mostraram que se tratavam de corpos de crianças humanas.
Em outro episódio, em 2017, o ufólogo apresentou, no mesmo congresso, peças semelhantes às mais recentes alegando que pertenciam a alienígenas. Os relatórios resultantes de análises científicas, no entanto, desmentiram a alegação. Se tratavam apenas de “bonecas de fabricação recente, que foram revestidas com uma mistura de papel e cola sintética para simular a presença de pele”. O documento ainda conclui: “não são os restos mortais de alienígenas ancestrais o que tentaram apresentar.”