Nasa lança com sucesso missão que buscará sinais de vida em lua de Júpiter
Esse é o segundo lançamento para os satélites jovianos desde 2023
Europa, uma das 95 luas de Júpiter, é uma das principais candidatas a ter vida no sistema solar. Para investigar essa possibilidade, a Nasa lançou, nesta segunda-feira, 14, a missão Europa Clipper.
À bordo de um foguete Falcon Heavy, da SpaceX, a sonda partiu do Kennedy Space Center, em Cabo Canaveral, na Flórida. Ela deve viajar cerca de três milhões de quilômetros, ao longo de cinco anos e meio para chegar a Júpiter.
A trajetória, no entanto, será longa. Após a partida, a nave antes passará por Marte e depois pela Terra para pegar o impulso necessário até o maior planeta do sistema solar. Então, por quatro anos, a sonda deverá orbitar o gigante em ciclos que durarão 21 dias.
Ao longo dessas rotações, a Clipper fará várias passagens por Europa, quando seus 9 instrumentos investigarão o satélite em busca de sinais de vida.
Por que investigar Europa?
Com o tamanho muito próximo ao da nossa Lua, Europa é composta por um imenso oceano. Sua camada mais externa, com algo entre 15 e 24 quilômetros, é congelada, mas sob essa superfície há um imenso oceano, de até 180 quilômetros de profundidade.
A presença de água é chave para procurar os ingredientes necessários à vida, mas estudos anteriores já revelaram que essa lua também possui outros elementos importantes, como carbono, hidrogênio, nitrogênio, fósforo e enxofre. Além disso, a gravidade do planeta causa fricção nas rochas de Europa, produzindo calor. “Mundos oceânicos como Europa não são únicos apenas porque podem ser habitáveis, mas podem ser habitáveis hoje”, disse Gina DiBraccio, pesquisadora da Nasa, momentos antes do lançamento.
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Não por acaso, essa já é a segunda missão para para a lua joviana lançada nos últimos anos. Em abril de 2023, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), deu início a missão Juice, que também deverá investigar Ganimedes e Calisto, outros dois satélites oceânicos de Júpiter.
A missão da Nasa estava previamente agendada para a semana passada, mas foi adiada devido ao furacão Milton.