Uma pesquisa da Universidade de Dundee, na Escócia, revelou que tomar decisões com fome pode ser prejudicial. O trabalho, veiculado no periódico Psychonomic Bulletin and Review, concluiu que participantes que não haviam comido por dez horas optariam, usualmente, por receber menos downloads de música gratuitos, contanto que ganhassem o pacote o mais rápido (enquanto os já saciados topavam esperar por mais tempo, e por mais músicas).
Ou seja, de barriga vazia, os indivíduos testados escolhiam uma opção menos vantajosa pelo simples fato da recompensa se apresentar mais rápido. Ainda de acordo com a pesquisa, uma pessoa normalmente aceita aguardar até 35 dias por uma recompensa maior. Quando é com indivíduos famintos, o tempo de espera cai para 3 dias.
Segundo os cientistas escoceses, a descoberta indica que devemos tomar cuidado com toda decisão que tomamos com fome. Digamos, por exemplo, que uma pessoa pretende fazer um empréstimo e está em dúvida sobre qual opção escolher. Se estiver de barriga vazia, é mais provável que ela opte por uma opção que traga benefícios mais rapidamente, ainda que essa escolha não seja necessariamente a mais adequada para ela.
Assim, concluem os pesquisadores, é preciso atentar ao estômago antes de tomar decisões importantes. Caso contrário, a atitude pode partir mais da barriga, do que da cabeça.