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Primeiros cachorros surgiram há 15 mil anos na Ásia

Maior estudo genético feito até o momento indica que os cães foram domesticados na região que hoje seria o Nepal e a Mongólia

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h00 - Publicado em 21 out 2015, 13h47

Em algum lugar da Ásia Central, há cerca de 15.000 anos, um lobo diferente surgiu. Mais manso, ele ajudaria os homens a caçar, pastorear rebanhos, defender territórios e também lhes faria companhia, dando origem aos quase 1 bilhão de cães atuais. Publicado na última terça-feira (20), no periódico Proceedings of the Nationa Academy of Sciences (Pnas), o mais amplo estudo até o momento das origens dos cachorros modernos revela que suas raízes não são apenas europeias – e podem ser mais antigas que o previsto. Estimativas anteriores indicavam que a domesticação dos cães teria acontecido há 11.000 anos, em algum lugar entre o Oriente Médio, o Leste Asiático e a Europa.

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Amigo do homem – A nova pesquisa, liderada pelos cientistas Adam Boyko e Laura Shannon, da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, analisou o genoma de 4.392 cachorros de raça e 549 vira-latas pertencentes de 38 países. Os resultados confirmaram que o lobo cinzento é o ancestral de nossos cachorros, que começaram a viver entre os humanos na região onde hoje é a Mongólia ou o Nepal. “Encontramos fortes evidências de que os cachorros foram domesticados na Ásia Central e depois se espalharam para o Leste”, escrevem os autores no estudo.

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No entanto, os pesquisadores não são categóricos ao afirmar que a origem asiática é a única. Os indícios do DNA apontam para a Ásia, mas esse ancestral comum dos cães modernos pode ter chegado até lá por meio de migrações.

A evolução dos cães apoiou-se em uma estratégia certeira: próximo aos homens, eles encontraram alimento fácil e abrigo, o que permitiu sua multiplicação. Ao longo das gerações, as características desses animais foram selecionadas pelos humanos até chegar aos bichos de estimação atuais. Hoje, o número de cachorros supera o dos lobos, que não deve passar de 10 milhões.

Os pesquisadores esperam que as descobertas estimulem pesquisas genéticas mais profundas sobre a origem dos cães, como análises em fósseis ou ossos caninos encontrados em sítios arqueológicos.

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(Da redação)

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