Com lançamento previsto para maio de 2027, o novo Telescópio Espacial Nancy Grace Roman, da Nasa, promete transformar nossa compreensão das galáxias e da matéria escura. A combinação única de alta resolução e amplo campo de visão do telescópio permitirá que os astrônomos capturem imagens detalhadas de galáxias próximas em uma escala sem precedentes.
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Um programa observacional chamado Rings (sigla em inglês para Roman Infrared Nearby Galaxies Survey) visa utilizar as capacidades do telescópio para estudar a formação e evolução de galáxias. Ao examinar as estruturas de antigos grupos de estrelas dentro de galáxias, os cientistas esperam descobrir pistas sobre como esses corpos cósmicos mudaram ao longo de bilhões de anos.
Espera-se que o telescópio Roman avance significativamente na pesquisa sobre matéria escura. Sua capacidade de observar galáxias anãs ultrafracas, que são dominadas pela matéria escura, ajudará a testar várias teorias sobre essa substância misteriosa que compõe cerca de 80% da matéria do universo.
Por que só agora?
Além disso, o telescópio permitirá estudos abrangentes de halos galácticos — as vastas regiões que cercam as galáxias. As observações atuais são limitadas à nossa própria Via Láctea e à galáxia vizinha de Andrômeda. “Só temos medições confiáveis da Via Láctea e de Andrômeda, porque elas são próximas o suficiente para que possamos obter medições de um grande número de estrelas distribuídas em seus halos estelares”, diz Ben Williams, o principal pesquisador do Rings na Universidade de Washington, em Seattle, por meio de comunicado. “Então, com Roman, de repente teremos 100 ou mais dessas galáxias totalmente resolvidas.”
Este projeto não visa apenas expandir nosso conhecimento do universo, mas também promete lançar luz sobre a história e a estrutura da nossa própria galáxia, a Via Láctea. Enquanto aguardamos o lançamento do telescópio, os astrônomos estão desenvolvendo ferramentas para analisar a riqueza de dados que ele fornecerá, potencialmente remodelando nossa compreensão do cosmos.