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Revista ‘Nature’ publica editorial no qual declara apoio a Lula

Publicação científica britânica defende que um segundo mandato para Jair Bolsonaro representaria uma ameaça à ciência, à democracia e ao meio ambiente

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2022, 21h21 - Publicado em 25 out 2022, 20h37
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  • Publicação de referência na comunidade científica, a Nature publicou nesta terça-feira, 25, um editorial no qual apoia e defende o voto em Luís Inácio Lula da Silva, do PT, no segundo turno das eleições. Com mais de 150 anos de atividades publicando artigos científicos, a revista diz que um segundo mandato para Jair Bolsonaro, do PL, representaria uma “ameaça à ciência, à democracia e ao meio ambiente”.

    Não é a primeira vez que a Nature se posiciona sobre as eleições presidenciais brasileiras. Em 2018, quando Bolsonaro foi eleito, a revista estava entre os que temiam o pior. “A eleição de Jair Bolsonaro é ruim para a pesquisa e para o meio ambiente”, escreveram.

    A publicação ressalta a importância do voto no dia 30, “o segundo turno de uma das eleições mais importantes do país desde o fim da ditadura militar em 1985”. E segue relatando que o histórico de Bolsonaro é “de arregalar os olhos”: “Sob sua liderança, o meio ambiente foi devastado quando ele retirou proteções legais e menosprezou os direitos dos povos indígenas”.

    A revista também menciona o estrago feito na Amazônia: “O desmatamento quase dobrou desde 2018, com mais um aumento esperado quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (Inpe) divulgar seus últimos dados de desmatamento nas próximas semanas”.

    A comparação de Bolsonaro com o ex-presidente americano Donald Trump surgiu quando o editorial mencionou a pandemia de Covid-19: “Assim como seu ex-colega populista dos EUA, Donald Trump, Bolsonaro ignorou os alertas dos cientistas sobre a Covid-19 e negou os perigos da doença. Bolsonaro também minou os programas de vacinas, questionando a segurança e eficácia dos jabs. Mais de 685.000 pessoas no Brasil morreram de COVID-19. A crise econômica que se seguiu à pandemia atingiu duramente os brasileiros”.

    O editorial segue falando do financiamento para ciência e inovação, que estavam em queda Bolsonaro assumiu a presidência,  e continuou sob sua liderança. “A ciência e a academia serviram como inimigos fáceis em uma ofensiva anti-elite que refletia as guerras culturais dos Estados Unidos”, continua o texto.

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