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Robôs podem ajudar em sessões de terapia com autistas

De acordo com pesquisa, máquinas conseguem auxiliar o paciente a entender e analisar reações

Por Sabrina Brito 28 jun 2018, 16h39

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta 1 em cada 160 crianças no mundo e cerca de 1 em cada 64 nos Estados Unidos. O espectro que engloba todos os graus dessa condição é enorme e os sintomas variam muito de gravidade, sendo que os mais comuns incluem dificuldades na comunicação e nas interações sociais, além de comportamentos repetitivos.

Um estudo publicado na revista Science Robotics teve como foco a aprimoração de robôs usados durante a terapia com crianças autistas. Os pesquisadores logo encontraram uma dificuldade: se os pacientes são tão heterogêneos quanto ao grau do transtorno no qual se encaixam, como os cientistas poderiam construir uma máquina que os tratasse de forma personalizada? 

A solução encontrada foi o machine learning, processo de aprendizagem dos computadores que se baseia no reconhecimento de padrões e na inteligência artificial. Um dos objetivos da pesquisa era ajudar os pacientes a reconhecerem emoções e reações – algo que indivíduos autistas costumam ter dificuldade para fazer.

Por meio da tecnologia, os cientistas criaram um robô que trabalhava com as crianças em três fases: a sensorial, a perceptiva e a interativa. Na primeira, a máquina realiza a gravação de movimentos, expressões, áudios e medições fisiológicas (pressão, temperatura, entre outros) do paciente. Durante a etapa seguinte, o sistema computacional analisa todos os dados coletados para melhor compreender a criança e seu comportamento. Já na fase interativa, robô e pessoa se comunicam, expressando sentimentos e reações um ao outro por meio de movimentos, falas e poses.

Dessa forma, os cientistas conceberam uma máquina que se adapta às necessidades e personalidades de cada um dos pacientes, o que facilitou a aproximação e o engajamento do sistema com o autista. De acordo com o estudo, o robô responde suavemente às dicas comportamentais que a pessoa dá, usando como base as tecnologias de machine learning e inteligência artificial.

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As crianças envolvidas na pesquisa totalizavam 35, sendo 17 originárias do Japão e 18 vindas da Sérvia. Um bom exemplo do uso que as máquinas podem ter em meio à sessão de terapia é o seguinte: o(a) psicólogo(a) mostra imagens de determinadas emoções para o paciente, e lhe pede que as reconheça. Depois o robô encena aquelas mesmas reações, e à pessoa é novamente pedido que as identifique. Assim o jovem tem a oportunidade de entender as emoções humanas de forma mais palpável e próxima. Além disso, também pode ser criada, de acordo com o estudo, uma dinâmica em que o(a) terapeuta peça ao autista para imitar as reações que a máquina esboça.

 

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