A descoberta de organismos unicelulares em uma rocha encontrada debaixo do assoalho marinho pode influenciar a forma como cientistas buscam por vida em Marte. As bactérias foram coletadas em rachaduras de rochas vulcânicas presentes no oceano.
O número de organismos encontrados nessas rachaduras foi enorme, de aproximadamente 10 bilhões de bactérias por centímetro cúbico. Essa presença enorme de micro-organismos nas rochas se deve ao fato de que elas possuem altos níveis de minerais, que servem como fonte de vida para os seres unicelulares.
As rochas analisadas pelos cientistas foram retiradas de 125 metros abaixo do assoalho marinho. As amostras de minerais tinham entre 13,5 e 104 milhões de anos.
Mas por que a descoberta pode afetar a busca por vida em outros planetas?
Os minerais presentes nas rachaduras do assoalho são muito provavelmente parecidos com aqueles que compõem a superfície rochosa de Marte. Assim, ao se comprovar que existe vida nas rochas do oceano profundo, onde ninguém esperava encontrá-la, aproxima-se da possibilidade de haver vida também no Planeta Vermelho.
O próximo passo envolve uma colaboração entre a equipe de pesquisadores responsável por esse estudo e a Nasa para coletar amostras rochosas diretamente de Marte.
A pesquisa foi publicada no último dia 2 no periódico científico Communications Biology e liderada por cientistas da Universidade de Tóquio (Japão).