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Satélite cria eclipse solar artificial e revela imagens inéditas do Sol; veja

Missão Proba-3, da Agência Espacial Europeia, simula eclipses diariamente e permite observar detalhes da atmosfera solar invisíveis a olho nu

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 jun 2025, 13h15

Dois satélites voando em formação, separados por 150 metros, conseguiram reproduzir artificialmente o fenômeno raro do eclipse total do Sol. A façanha é da missão Proba-3, da Agência Espacial Europeia (ESA), que acaba de entregar suas primeiras imagens. Um dos satélites, chamado de Ocultador, posiciona-se para bloquear o disco solar, enquanto o outro, o Coronógrafo, registra a luz emitida pela coroa solar – a camada mais externa e brilhante da atmosfera da estrela.

A estratégia permite aos cientistas observar detalhes do Sol que normalmente ficam escondidos pelo brilho intenso da superfície. Entre os fenômenos visíveis estão os streamers em forma de capacete, explosões de plasma e estruturas formadas por ferro e hélio ionizados – todos componentes da coroa solar que ajudam a entender o comportamento da estrela.

Imagem composta reúne dados de três observatórios solares: Proba-2 no centro (em amarelo), Proba-3 no anel verde, e SOHO na região externa em vermelho.
Imagem composta reúne dados de três observatórios solares: Proba-2 no centro (em amarelo), Proba-3 no anel verde, e SOHO na região externa em vermelho. (ESA/NASA/Proba-2/Proba-3/SOHO/SWAP/ASPIICS/LASCO/Reprodução)

Por que isso é tão importante para a ciência?

Os eclipses solares naturais oferecem uma oportunidade única de estudar a coroa solar, mas são raros e duram apenas alguns minutos. Com o Proba-3, esse tipo de observação pode ser feito a cada 19,6 horas e mantido por até seis horas seguidas. Segundo a ESA, essa regularidade representa uma revolução no monitoramento do Sol.

Mesmo ainda em fase de testes, o sistema já produziu imagens impressionantes. Uma delas mostra ferro ionizado, revelando as partes mais quentes da coroa. Outra captura, em tom amarelado, mostra uma proeminência solar – uma gigantesca curva de plasma se projetando da superfície. Há ainda registros de hélio e luz branca, cada qual revelando diferentes camadas e temperaturas da atmosfera solar.

Essas observações devem se tornar ainda mais precisas quando a missão entrar em operação científica plena. Até lá, os resultados iniciais já demonstram o potencial de uma nova geração de satélites em formação, que imitam eclipses para estudar os fenômenos extremos que ocorrem na estrela que nos dá vida.

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