Tom Brady revela que novo cachorro da família é clone do antigo pet
Ex-astro da NFL contou que atual cão foi gerado a partir de amostra de mascote que morreu em 2023; empresa responsável também atua em projetos de “desextinção”
O ex-jogador de futebol americano Tom Brady revelou que o novo cachorro da família, chamado Junie, é um clone de Lua — a cadela que acompanhou o atleta por anos e morreu em dezembro de 2023. O anúncio foi feito nesta terça-feira, 4, por meio de um comunicado divulgado pela Colossal Biosciences, empresa de biotecnologia sediada nos Estados Unidos da qual o ex-quarterback é investidor.
Segundo Brady, a clonagem foi possível porque, antes da morte do animal, foi realizada uma coleta de sangue para preservar o material genético. A Colossal declarou que utilizou uma tecnologia de clonagem não invasiva nesse procedimento.
Como surgiu a clonagem de Junie?
A criação de Junie ocorreu após o envio do material genético de Lua à Colossal, que viabilizou o processo para a família. A cadela original era uma mistura de raças com pit bull e havia sido adotada por Brady e sua então esposa, a modelo Gisele Bündchen.
No mesmo dia da divulgação do caso, a Colossal anunciou a aquisição da Viagen Pets and Equine, empresa conhecida por clonar animais de estimação. A Viagen, agora controlada pela Colossal, já realizou procedimentos semelhantes para diversas celebridades, como Barbra Streisand e Paris Hilton, e detém licenças do Instituto Roslin, responsável pela técnica que deu origem à ovelha Dolly, primeiro animal a ser clonado, em 1996.
Quanto custa e como funciona esse mercado?
A Colossal não divulgou o valor cobrado pela clonagem de Junie. Porém, a Viagen, agora integrante do grupo, tem como referência preços entre US$ 50 mil e US$ 85 mil (cerca de R$ 300 mil a R$ 500 mil) para clonar cães — valores que podem ser ainda maiores quando se trata de outras espécies. O processo consiste na retirada e preservação de células do animal “original” e posterior aplicação em um embrião saudável, que é implantado em uma fêmea de barriga de aluguel.
A Colossal afirma que sua tecnologia é “não invasiva”, por ter utilizado apenas uma coleta simples do animal que seria clonado, ainda em vida.
Projetos de “ressurreição” de espécies
Fundada em 2021, a Colossal ganhou notoriedade por anunciar pesquisas voltadas à chamada “desextinção” — termo usado pela própria empresa para descrever projetos científicos que visam recriar espécies extintas.
Entre os exemplos já divulgados publicamente estão iniciativas envolvendo o mamute-lanoso, o dodô e o lobo-terrível (dire wolf), este último alvo de contestação de grupos conservacionistas que questionam se os filhotes produzidos correspondem de fato à espécie extinta.







