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Um corpo celeste gigante pode ter deformado nosso sistema solar

Estudo aponta que objeto massivo pode ter se inserido em nosso sistema alterando o alinhamento planetário

Por Marília Monitchele Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 jan 2025, 11h30

Em um sistema solar perfeito, haveria uma estrela cercada por um disco plano de material, onde os planetas orbitariam em trajetórias circulares e organizadas. No entanto, o nosso Sistema Solar foge a esse padrão. Seu disco é ligeiramente deformado, com as órbitas dos planetas inclinadas e mais ovais do que circulares. Mas por quê?

Essa pergunta permanece aberta há tempos. Agora, no entanto, uma nova pesquisa conduzida por físicos da Universidade de Toronto, em colaboração com pesquisadores da Universidade do Arizona, sugere uma possível e interessante explicação. No início da formação do Sistema Solar, um objeto massivo pode ter se inserido temporariamente nessa mistura, deixando um impacto duradouro antes de desaparecer.

A hipótese do intruso

De acordo com os pesquisadores, um corpo celeste com massa entre 2 e 50 vezes a de Júpiter pode ter cruzado nosso Sistema Solar durante sua formação. Simulações realizadas pelos cientistas indicam que um objeto com cerca de 8 vezes a massa de Júpiter, deslocando-se a uma velocidade de 2,69 km/s próximo à órbita de Marte, teria potencial para alterar as órbitas dos planetas gigantes, dando origem à configuração que vemos hoje.

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“Em outras palavras, não precisamos procurar uma agulha no palheiro para achar um encontro adequado”, explicam os autores no estudo, que ainda está em processo de revisão por pares.

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Apesar da possibilidade, as chances de que tal evento tenha realmente ocorrido são baixas: cerca de 1 em 1.000. Mas isso não invalida a hipótese, considerando que a Via Láctea está repleta de aglomerados estelares capazes de proporcionar encontros desse tipo.

Em 2017, o asteroide Oumuamua atravessou nosso Sistema Solar, oferecendo aos cientistas uma rara oportunidade de estudar um visitante de fora. Embora o visitante interestelar fosse relativamente pequeno, o evento deixou questões sobre os possíveis impactos que corpos maiores poderiam ter em nosso sistema.

Um futuro incerto

Mesmo que a estrela mais próxima de nós esteja a mais de quatro anos-luz de distância, o Sol não é estático: ele segue um caminho que, eventualmente, o aproxima de outras estrelas e aglomerados. Esse movimento também pode colocar o Sistema Solar em contato com planetas errantes, corpos celestes massivos que vagam pelo espaço interestelar. As simulações apresentadas no estudo também analisaram os efeitos de possíveis encontros futuros. Em 2% dos casos modelados, um planeta interno poderia ser ejetado de sua órbita nos próximos 20 milhões de anos. No restante, as órbitas sofreriam alterações menores, mas permaneceriam relativamente estáveis.

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Ou seja, o destino da nossa “família” planetária ainda é incerto. Por ora, a nova hipótese acrescenta mais uma peça ao quebra-cabeça da formação e evolução do Sistema Solar, sugerindo que as ligeiras deformidades que vemos hoje no nosso alinhamento planetário podem ter sido causadas por um hóspede inesperado em um passado remoto.

 

 

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