Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

A boa e velha reportagem

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Uma seleção comentada do melhor do jornalismo mundial em vídeo, foto ou texto. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Os segredos de um hacker eleitoral na América Latina

O colombiano Andrés Sepúlveda, que cumpre pena de 10 anos em seu país por violação de dados, espionagem, conspiração para delinquir e uso de software malicioso, disse em entrevista à revista Bloomberg Businessweek que, nos últimos anos, trabalhou como hacker em campanhas eleitorais de nove países: Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador, Colômbia, México, Costa Rica, Guatemala […]

Por Diogo Schelp Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 jun 2024, 04h55 - Publicado em 2 abr 2016, 08h11
  • Seguir materia Seguindo materia
  • hacker

    A capa da edição da revista Bloomberg Businessweek que contém a entrevista com Andrés Sepúlveda

    O colombiano Andrés Sepúlveda, que cumpre pena de 10 anos em seu país por violação de dados, espionagem, conspiração para delinquir e uso de software malicioso, disse em entrevista à revista Bloomberg Businessweek que, nos últimos anos, trabalhou como hacker em campanhas eleitorais de nove países: Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador, Colômbia, México, Costa Rica, Guatemala e Venezuela. Ele teria sido convidado para atuar na Espanha, mas não aceitou.

    Continua após a publicidade

    Segundo a reportagem, por cerca de 12.000 dólares ao mês, um partido podia contratar Sepúlveda e sua equipe para “hackear smarthphones, falsificar e clonar páginas da internet e enviar emails e mensagens de texto em massa. O pacote premium, ao custo de 20.000 dólares mensais, também incluía uma ampla gama de interceptações digitais, ataque, decodificação e defesa”. Uma verdadeira estrutura de cyberguerra eleitoral.

    O trabalho mais complexo, disse Sepúlveda, foi o que ele realizou em 2014 para a campanha do atual presidente do México, Enrique Peña Nieto, do PRI (o Partido Revolucionário Institucional — sim, eu sei, é o nome de partido mais surreal da América Latina). Sua missão consistia em sabotar as campanhas presidenciais dos adversários de Peña Nieto — Andrés Manuel López Obrador, de esquerda, e Josefina Vázquez Mota, de direita –, roubando suas estratégias eleitorais, manipulando as redes sociais e instalando software malicioso nos computadores dos comitês políticos.

    Os principais políticos que teriam se beneficiado de seus serviços, e também o governo mexicano, negaram a contratação de Sepúlveda. Fontes da promotoria colombiana consultadas pelo jornal espanhol El País disseram que as acusações de Sepúlveda têm apenas “10%” de credibilidade. Mas não há dúvida de que o ambiente virtual é perfeito para atuações criminosas e para o jogo sujo em campanhas eleitorais. O uso das redes sociais para difamar adversários, como se viu na última campanha presidencial brasileira, é um dos exemplos disso. O acirramento político vivido hoje no Brasil tende a piorar as coisas. Nas próximas eleições municipais, será preciso ficar de olho no que acontece nos porões da internet.

    Continua após a publicidade

    LEIA TAMBÉM:

    ‘Narcos’ do México: como a agência antidrogas dos EUA ajudou na ascensão de El Chapo

    Um ano depois da reaproximação com os EUA, quase nada mudou em Cuba

    Continua após a publicidade

    Eis o que o Mercosul representa para a Venezuela: nada

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.