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Corpo de cientista é encontrado 66 anos após queda em fenda na Antártida

Restos mortais e mais de 200 objetos pessoais foram localizados após o recuo de uma geleira, provocado pelo aquecimento global

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 ago 2025, 21h53 - Publicado em 13 ago 2025, 14h00

Em julho de 1959, o meteorologista britânico Dennis “Tink” Bell, de 25 anos, participava de uma expedição científica na Ilha King George, na Antártida, quando caiu em uma fenda de gelo e desapareceu. Apesar das buscas feitas na época, seu corpo nunca foi localizado. Mais de 60 anos depois, uma equipe do posto polonês Henryk Arctowski encontrou fragmentos de ossos e mais de 200 itens pessoais nas margens do Glaciar Ecology, que recuou nos últimos anos devido ao aquecimento global.

Entre os objetos recuperados estavam um relógio, uma faca, equipamentos de rádio, lanternas e até o cabo de um cachimbo. O material foi enviado para análise no King’s College London, onde exames de DNA confirmaram a identidade de Bell, a partir de amostras fornecidas por familiares.

Glaciar Ecology, na Ilha King George, na Antártida, durante o inverno, onde foram recuperados os restos mortais de Dennis “Tink” Bell.
Glaciar Ecology, na Ilha King George, na Antártida, durante o inverno, onde foram recuperados os restos mortais de Dennis “Tink” Bell. (Acaro via Wikimedia Commons under CC BY-SA 3.0/Wikimedia Commons)

Quem foi Dennis “Tink” Bell?

Bell era descrito como aventureiro e multifuncional: consertava motores, revelava fotos e chegou a construir um rádio do zero para captar sinais em código Morse. Durante a expedição, lançava balões meteorológicos para coletar dados climáticos, transmitia as informações para o Reino Unido e também assumia tarefas domésticas, como cozinhar para o grupo durante o rigoroso inverno polar.

As expedições da época envolviam alto risco devido às condições extremas e ao isolamento completo da base, que ficava sem comunicação por meses e dependia inteiramente dos recursos levados na viagem.

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O impacto da descoberta para a ciência polar

A recuperação dos restos mortais de Bell oferece um raro vislumbre das condições extremas de trabalho nas missões científicas da Antártida na metade do século XX. Além de trazer encerramento para a família, o caso reforça como o aquecimento global está alterando rapidamente a paisagem do continente, expondo áreas e objetos antes inacessíveis.

Especialistas apontam que recuos como o do Glaciar Ecology revelam não apenas vestígios de expedições humanas, mas também dados valiosos sobre mudanças climáticas e geológicas. Situações semelhantes já ocorreram em outras regiões polares, onde equipamentos antigos e até restos de animais extintos vieram à tona com o derretimento do gelo.

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