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‘Múmias’ de dinossauros revelam pele, escamas e cascos preservados; veja

Cientistas concluíram que esses gigantes podiam ultrapassar 12 metros de comprimento e tinham uma aparência mais variada e complexa do que se imaginava

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2025, 12h00

Pesquisadores encontraram, no estado americano de Wyoming, dois fósseis excepcionalmente preservados de dinossauros do gênero Edmontossauro, uma espécie de grande herbívoro que viveu no fim da era dos dinossauros, há cerca de 66 milhões de anos. O estudo que descreve a descoberta foi publicado na revista Science.

Diferente das múmias humanas, que conservam pele e tecidos por ressecamento ou substâncias químicas, as chamadas “múmias de dinossauro” não possuem matéria orgânica preservada. O termo é usado pelos pesquisadores porque, além dos ossos, esses fósseis mantiveram impressões detalhadas da pele, das escamas e até dos cascos, registradas em uma fina camada de argila que cobriu os corpos logo após a morte.

Tyler Keillor/Fossil Lab
Fóssil de um jovem Edmontossauro annectens, um dinossauro de bico de pato, preservado em posição natural após a secagem do corpo. (Tyler Keillor/Fossil Lab/Reprodução)

Por que essas múmias são consideradas únicas?

Esses fósseis preservaram uma riqueza de detalhes raramente encontrada na paleontologia. A argila endurecida funcionou como um molde natural, mantendo a textura original da pele e das estruturas externas do corpo. A análise mostrou que os Edmontossauros tinham uma crista carnuda que se estendia do pescoço até o rabo, fileiras de pequenas pontas nas costas e cascos semelhantes aos de alguns mamíferos atuais.

Esse tipo de preservação é extremamente raro em ambientes terrestres. Até então, acreditava-se que impressões tão delicadas só poderiam ocorrer em ambientes aquáticos, onde a decomposição é mais lenta. Por isso, a descoberta é valiosa ao ampliar o entendimento sobre os processos que permitem conservar fósseis dessa forma.

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Tyler Keillor/Fossil Lab
Fóssil mostra a pele escamosa da crista que cobria as costas de um jovem dinossauro de bico de pato. (Tyler Keillor/Fossil Lab/Reprodução)

Como os corpos foram preservados?

A explicação está nas condições geológicas da região. Há milhões de anos, o local alternava longos períodos de seca com fortes chuvas e enchentes. Durante as secas, os corpos dos dinossauros desidratavam rapidamente sob o sol, tornando-se mais resistentes à decomposição. Quando as chuvas voltavam, as inundações cobriam esses corpos com lama e areia, formando uma espécie de cápsula natural que impedia sua destruição completa.

Com o tempo, a argila que envolvia os animais endureceu com a ajuda de microrganismos, preservando os contornos originais da pele e das escamas — como se fossem máscaras de barro moldadas sobre os corpos. Esse processo natural criou um registro visual detalhado da aparência dos dinossauros, mesmo sem restos orgânicos.

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O que os cientistas aprenderam com a descoberta?

A análise dos fósseis permitiu reconstruir com grande precisão a aparência dos Edmontossauros, do formato do corpo às texturas da pele. Os pesquisadores concluíram que esses dinossauros podiam ultrapassar 12 metros de comprimento e tinham uma aparência mais variada e complexa do que se imaginava.

Os detalhes das escamas e dos cascos também ajudam a entender como esses animais se deslocavam e interagiam com o ambiente. Além disso, o estudo sugere que o local da descoberta, apelidado de “zona das múmias”, pode esconder muitos outros fósseis preservados da mesma forma, o que abre novas possibilidades para futuras pesquisas.

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