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Almanaque de Curiosidades

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O que pedras vulcânicas revelam sobre a vasta rede de comércio dos astecas

Análise de artefatos mostra que a capital do império recebia objetos até de terras rivais, redesenhando o mapa do comércio na Mesoamérica pré-colombiana

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 Maio 2025, 16h20

Uma nova análise de 788 artefatos de obsidiana encontrados em Tenochtitlán — antiga capital do império asteca, hoje sob a Cidade do México — revelou que a rede de comércio mesoamericana era muito mais ampla e complexa do que se pensava. Os objetos analisados incluem lâminas, urnas, brincos, pingentes, cetros e até crânios humanos decorados, feitos de um tipo de vidro vulcânico extremamente afiado e brilhante.

A maior parte desses itens veio da região de Sierra de Pachuca, conhecida por sua obsidiana verde-dourada, localizada a cerca de 94 quilômetros da capital. Mas os pesquisadores também identificaram materiais originários de ao menos sete outras regiões — incluindo áreas fora do domínio asteca, como o território do império rival purépecha.

Por que a obsidiana era tão importante para os astecas?

A obsidiana era um dos materiais mais usados no império asteca. Apesar de ser mais frágil que o aço, ela é mais dura, pode ser moldada em lâminas extremamente afiadas e, quando polida, ganha aparência de espelho. Era utilizada para fabricar ferramentas, armas, objetos de uso cotidiano e também itens cerimoniais.

A pesquisa revelou que, enquanto o povo em geral usava obsidiana de várias origens — provavelmente adquirida no grande mercado de Tenochtitlán — os artefatos de uso ritual eram feitos quase exclusivamente com a obsidiana verde de Pachuca. A cor e a procedência da pedra parecem ter tido significado simbólico para os sacerdotes e as elites religiosas.

O que a descoberta muda sobre o império asteca?

Segundo os pesquisadores, a diversidade de fontes indica que, após a consolidação do império asteca por volta de 1430 d.C., a rede de trocas se expandiu para além das fronteiras políticas. Isso incluía até regiões governadas por povos que falavam línguas diferentes e não faziam parte da Aliança Asteca, como os purépechas.

Isso mostra que os astecas, mesmo tendo acesso direto a grandes jazidas, mantinham rotas comerciais ativas com múltiplas regiões, inclusive rivais — o que sugere negociações sofisticadas, alianças temporárias e um sistema econômico interconectado em toda a Mesoamérica.

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