Que decepção: o tamanho real do “temido” peixe diabo negro

Um peixe das profundezas do oceano chamou atenção nas redes sociais ao ser flagrado na superfície do mar, nas Ilhas Canárias, no fim de janeiro. Conhecido como “diabo negro” (Melanocetus johnsonii), o animal é um habitante da zona abissal, a região mais profunda do oceano, onde a luz solar não chega e a pressão é extrema e raramente é visto tão perto da luz do dia. No entanto, o que mais surpreendeu os internautas foi o tamanho real da espécie: enquanto nas telas e no imaginário popular o peixe aparece como uma criatura gigante e ameaçadora, na realidade ele é incrivelmente pequeno.

O mito e a realidade

O “diabo negro” ficou famoso pelo cinema. No filme Procurando Nemo, da Disney, ele aparece como um predador gigante, equipado com um apêndice luminoso para atrair suas presas. Na vida real, o contraste é grande: os machos da espécie chegam a meros 3 centímetros de comprimento, enquanto as fêmeas, que são maiores, podem atingir até 18 centímetros.

A surpresa gerou uma onda de memes e comentários nas redes sociais. “Meu medo desse bicho era totalmente irracional! Ele é menor que minha palma da mão”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter). Outro brincou: “Hollywood me enganou de novo!”. 

@mruniversocurioso

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Por que o peixe apareceu na superfície?

O avistamento de um exemplar vivo e adulto do “diabo negro” tão próximo da superfície é algo inédito. Normalmente, essa espécie vive entre 200 e 2.000 metros de profundidade. A ONG Condrik Tenerife, que registrou a cena, sugeriu algumas hipóteses para o fenômeno: o peixe pode ter sido carregado por uma corrente, estar doente ou fugindo de um predador. Infelizmente, o animal morreu pouco depois de ser resgatado e foi encaminhado ao Museu de Natureza e Arqueologia da Espanha para estudos.

Mesmo com sua aparência bizarra, o “diabo negro” não representa nenhum perigo para os humanos. Ele se alimenta de pequenos peixes e crustáceos, usando sua antena bioluminescente para atrair presas. Além disso, seu veneno, um dos mais letais do oceano, é inoculado apenas em presas minúsculas e não afeta pessoas.

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