Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Augusto Nunes

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

A nomeação de um ministro da Pesca que só sabe fisgar evangélicos incautos encerra a reforma ministerial que não houve

Os jornalistas federais avisaram ainda em agosto que, até o fim de fevereiro, Dilma Rousseff promoveria a grande reforma ministerial concebida para, simultaneamente, livrar o primeiro escalão do entulho herdado do padrinho,  torná-lo mais parecido com a chefe e reduzir o tamanho do mamute administrativo. Nos meses seguintes, gastaram quilômetros de páginas de jornais em […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 09h25 - Publicado em 1 mar 2012, 16h31
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Os jornalistas federais avisaram ainda em agosto que, até o fim de fevereiro, Dilma Rousseff promoveria a grande reforma ministerial concebida para, simultaneamente, livrar o primeiro escalão do entulho herdado do padrinho,  torná-lo mais parecido com a chefe e reduzir o tamanho do mamute administrativo. Nos meses seguintes, gastaram quilômetros de páginas de jornais em graves reflexões sobre o que seria o começo efetivo do governo da superexecutiva que Lula deu de presente ao Brasil.

    As mudanças começaram no dia 6, com a troca de seis por meia dúzia no Ministério das Cidades: saiu Mário Negromonte, do PP baiano, entrou Aguinaldo Ribeiro, do PP paraibano. E foram encerradas nesta quarta-feira, com a substituição do companheiro Luiz Sérgio pelo parceiro Marcelo Crivella no Ministério da Pesca. O colosso formado por 38 ministérios e secretarias especiais (com status de ministério) não perdeu um único e escasso cabide de empregos.

    Luiz Sérgio, uma nulidade que já naufragara no Ministério de Relações Institucionais, foi piorar a bancada do PT na Câmara dos Deputados. Crivella, um espertalhão que já envolveu até o Exército em projetos eleitoreiros nos morros do Rio, deixou o Senado para representar a bancada evangélica na Esplanada dos Ministérios. Entende tanto de pesca quanto Ideli Salvatti, ex-inquilina do gabinete que ganhou. Mas sabe fisgar eleitores que acreditam na pregação malandra: dinheiro na sacolinha garante prosperidade na Terra e um latifúndio no Reino de Deus.

    Governar é escolher, sabe-se desde que o primeiro chefe de um grupo composto por homens das cavernas entendeu que precisa de ajudantes. Presenteada com a chance de reduzir a multidão de ministros, liberada para o despejo dos gatunos e vigaristas que infestam o coração do poder, autorizada pelas atribuições do cargo a nomear quem quisesse, Dilma limitou-se a incorporar dois prontuários ao bando que continua do mesmo tamanho. A reforma que não houve comprova que a supergerente de araque escolhe ministros tão judiciosamente quanto um bebê de colo.

    De novo, os jornalistas federais erraram todas. Ou quase todas: com Crivella e Aguinaldo Ribeiro, o ministério ficou mesmo ainda mais parecido com Dilma Rousseff.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.