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Editorial do Estadão: Depois do lulopetismo

O PT descobriu da forma mais dolorosa quem é “sem voto” no país

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 21h38 - Publicado em 6 out 2016, 01h07

O PT descobriu da forma mais dolorosa quem é “sem voto” no País. A devastadora derrota em escala nacional do lulopetismo no pleito municipal constituiu mais um aval político ao impeachment de Dilma Rousseff – se isso ainda era necessário – e joga definitivamente por terra a teoria do “golpe” contra as instituições democráticas. O resultado das urnas demonstra, da forma mais democrática possível, a vigorosa rejeição dos brasileiros a um projeto de poder que jogou o País na profunda crise que hoje enfrenta. Seria imprudente, no entanto, tentar extrair da voz das urnas mais do que ela contém. Ela não sinaliza muito mais do que o repúdio ao passado e não aponta claramente um novo rumo político, perspectiva embaralhada pela enorme fragmentação político-partidária refletida no resultado geral das eleições de domingo.

O pleito municipal tende a concentrar o debate eleitoral em questões locais, o que efetivamente ocorreu em todo o País. Mas as circunstâncias especialíssimas em que essas eleições se realizaram abriram espaço para um viés de nacionalização da disputa que, ironicamente, foi imposto exatamente por aqueles que se tornariam os grandes derrotados.

Sem nenhuma credibilidade para obter votos por meio da apresentação de propostas concretas de gestão das cidades, o PT e seus caudatários da esquerda decidiram recorrer, na reta final da campanha, ao apelativo discurso do “golpe” e do “Fora Temer”, um presidente, segundo eles, “sem voto” – além, é claro, dos 54 milhões que o elegeram vice na chapa de Dilma Rousseff. E é claro que repercutiu também no pleito municipal o fato de a Operação Lava Jato estar chegando, depois de dois anos e meio de investigações, aos principais responsáveis pelo maior surto de corrupção no governo de que o País tem notícia. Cenário em que se anuncia o protagonismo de Luiz Inácio Lula da Silva em tenebrosas transações.

O Brasil sai das eleições municipais, portanto, demonstrando muito bem o que não quer, mas também sem deixar claros os caminhos que vislumbra daqui para a frente. Isso talvez se explique em parte pelo fato de que os dramáticos eventos dos últimos dois anos tiveram o efeito de provocar um sentimento geral de perplexidade.

Do ponto de vista político-partidário essas eleições oferecem indícios de que pode estar em curso uma nova configuração. De modo geral, como desdobramento inevitável da derrocada petista, percebe-se o debilitamento da esquerda em benefício da centro-direita, fenômeno para o qual a habitual imprevisibilidade do comportamento do eleitor do Rio de Janeiro abriu uma exceção.

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O PMDB, maior partido brasileiro e atualmente no poder, elegeu o maior número de prefeitos, colhendo os frutos da enorme capilaridade que lhe é proporcionada por sua condição peculiar de federação de grupos de interesses diversos e frequentemente conflitantes. Mas teve que enfrentar o ônus da compreensível impopularidade do presidente Michel Temer, o que manteve o partido fora da disputa em metrópoles maiores e mais politizadas como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O crescimento do PMDB em todo o País, contudo, foi proporcionalmente menor do que o do PSDB e do PSD.

O PSD de Gilberto Kassab, partido que “não é de esquerda, nem de direita, nem de centro”, na célebre definição de seu criador, foi a legenda que elegeu o terceiro maior número de prefeitos. Beneficiou-se, assim, da falta de compromisso de seus candidatos com tudo o que não signifique voto certo, característica populista das velhas raposas da política brasileira. Tornar-se um PMDB é a grande ambição do PSD e de outras legendas populistas que se aglutinam no novo Centrão do Congresso Nacional.

A contundente vitória de João Doria no primeiro turno em São Paulo e o bom desempenho dos tucanos nas principais cidades do interior paulista e em outros Estados sinalizam o potencial fortalecimento do PSDB para as eleições presidenciais de 2018. Até o próximo pleito presidencial, porém, há no caminho dois anos cruciais em que o desempenho da economia vai ditar o comportamento do eleitor brasileiro. A este, no momento, interessa apenas saber quem terá ou não competência para botar ordem no caos criado pelo finado PT.

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