O deputado federal Luiz Bassuma disputou o governo da Bahia sem carros de som, sem faixas e, sobretudo, sem dinheiro. Arrecadou pouco mais de R$ 100 mil, mas conseguiu 9% dos votos nas urnas de Salvador. Paulo Souto, segundo colocado na corrida estadual, gastou R$ 5,6 milhões e obteve 14% do eleitorado da capital. “Fizemos um bom combate”, conclui Bassuma na primeira parte desta entrevista dividida em três blocos. Funcionário concursado da Petrobras, elegeu-se vereador em 1996 pelo PT. A escolha do partido foi determinada por um artigo do estatuto que garantia aos filiados “liberdade de consciência”. Treze anos depois, a direção nacional aplicou a Bassuma a pena de um ano de suspensão, por ter-se declarado contra a descriminalização do aborto. Tal punição, entre outras restrições, impede o parlamentar de apresentar projetos de lei ou participar das comissões na Câmara. “Eu me tornei um deputado zumbi”, explica. Em 2009, Bassuma optou pela filiação ao Partido Verde (PV).
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