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Marcos Troyjo: Trump, o candidato ‘impróprio’

Errático e cada vez mais isolado, candidato põe Partido Republicano em crise existencial

Por Branca Nunes Atualizado em 30 jul 2020, 22h09 - Publicado em 7 ago 2016, 00h34
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    Donald Trump vem tendo a pior sequência de dias desde que conseguiu superar 16 competidores para garantir sua nomeação como candidato do Partido Republicano à Casa Branca.

    Seus adversários refestelam-se em assistir a Trump assolado pelo próprio destempero emocional e despreparo em questões-chave, sobretudo nas áreas de política externa e de defesa.

    Nessa linha, parece que um conceito está grudando em Trump: ele é “impróprio” (“unfit”, em inglês) para se tornar presidente dos EUA.

    Numa ação coordenada nos discursos do Partido Democrata, Obama e Hillary Clinton, citando desequilíbrios de raciocínio, temperamento e compreensão, sublinham a “impropriedade” de Trump à exaustão. E essa estratégia do “unfit” está dando certo.

    Quanto mais acusado de impróprio para a exercer a Presidência, mais o candidato republicano dá sinais de sua instabilidade. Nesta semana, durante discurso que fazia na Virgínia, ao perceber que uma criança chorava intensamente, dirigiu-se à mãe dizendo que “adorava bebês” e que portanto não se importava com o pranto. Poucos instantes depois, como o bebê não parava de chorar, Trump pediu à mãe que se retirasse da sala.

    Em termos de tendência na corrida presidencial, a situação inverteu-se nas pesquisas de opinião pública. Se após a convenção republicana Trump aparecia à frente de Hillary em algumas sondagens, agora todas as estimativas colocam a candidata democrata ao menos sete pontos na dianteira.

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    Barbeiragens e incorreções políticas de toda ordem ajudam a autoprovocada erosão de Trump.

    No plano da imperícia, ou desonestidade, a mulher de Trump “clonou” trechos inteiros de um discurso realizado por Michelle Obama há oito anos.

    Num outro rompante, o magnata do setor imobiliário pediu à Rússia que investigasse o paradeiro de 30 mil e-mails relacionados ao período em que sua adversária, Hillary, exercia o cargo de secretária de Estado durante a primeira gestão Obama.

    Ainda em relação à Rússia, não param de pipocar na mídia norte-americana matérias que buscam estabelecer conexões entre os interesses de Trump e os de Putin, como um eventual levantamento de sanções por parte do EUA em decorrência da anexação da Crimeia por Moscou em março de 2014, caso o candidato republicano vença as eleições de novembro.

    Numa atabalhoada resposta à convenção democrata, indicou seu desejo de agredir fisicamente Michael Bloomberg – por haver o ex-prefeito de Nova York, em referência a Trump, ter indicado que sabe “reconhecer um vigarista”.

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    E, claro, o maior revés de Trump até agora foi sua reação ao discurso do advogado de origem paquistanesa Khizr Khan, que, ao lado de sua mulher, falou durante a reunião dos democratas sobre a dor de haver perdido seu filho militar na Guerra do Iraque.

    Em recente entrevista à George Stephanopoulos, da rede ABC, Trump compara a dor de perder um filho (o que faz dos Khan uma “família Gold Star”, de especial significado num país que idolatra suas forças armadas como os EUA) aos “sacrifícios” que ele teve de fazer por meio de investimentos empresariais.

    As perigosas excentricidades de Trump, no entanto, impactam para além de sua persona. Estrelas do Partido Republicano, como John McCain e Mitt Romney (ambos derrotados por Obama), bem como dinastias da legenda, a exemplo da família Bush, também consideram Trump impróprio ao Salão Oval.

    E é crescente o número de republicanos de carteirinha, como o deputado Richard Hanna (de Nova York), ou Henry Paulson, secretário do Tesouro durante a Crise de 2008 (governo Bush filho), que formalizaram seu apoio a Hillary.

    O Partido Republicano já vive há alguns anos o dilema de modernizar sua mensagem programática amparada, ao menos em princípio, no conservadorismo fiscal —e expandir sua base de apoio para além do eleitorado de classe média branca.

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    A errática ascensão política de Trump e o embaraço causado por suas desastradas posições atingem o coração do Partido Republicano. Longe de conduzir a legenda ao futuro, o candidato “impróprio” remete o partido de Abraham Lincoln a uma profunda crise existencial.

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