Tiro no pé
“Uma vez, consegui uma emenda parlamentar de R$ 50 mil para obra de um município. Assinamos o convênio e depois o prefeito veio perguntar com quem ele deixava os R$ 5 mil. Respondi: Doa para a Santa Casa, eu que não vou ficar com isso”. Bruno Covas, secretário estadual do Meio Ambiente e deputado estadual […]
“Uma vez, consegui uma emenda parlamentar de R$ 50 mil para obra de um município. Assinamos o convênio e depois o prefeito veio perguntar com quem ele deixava os R$ 5 mil. Respondi: Doa para a Santa Casa, eu que não vou ficar com isso”.
Bruno Covas, secretário estadual do Meio Ambiente e deputado estadual licenciado, durante conversa gravada com a colunista Sonia Racy, do Estadão, publicada há um mês, antes da divulgação da entrevista em que o deputado Roque Barbiere revelou a existência de um balcão de compra e venda de emendas no porão da Assembleia Legislativa de São Paulo.
“No dia 3 de agosto, concedi entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo e ao ser indagado sobre corrupção citei um exemplo que tenho usado nos últimos anos em palestras, encontros e conversas, para afastar qualquer tentativa de abordagem inadequada”.
Bruno Covas, secretário estadual do Meio Ambiente, em carta enviada nesta terça-feira ao Conselho de Ética, chamando de “exemplo” um fato que, se não for imediatamente esclarecido, pode liquidar prematuramente uma carreira política que tem tudo para dar certo.