A cúpula do DEM está preocupada com a inércia do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para resolver a articulação política com o Congresso Nacional. As principais lideranças do partido já disseram publicamente que não há votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência nem na Câmara dos Deputados nem no Senado.
Internamente, a avaliação do partido é que o Planalto “bate cabeça” na articulação e vê risco de derrotas nas votações do Congresso caso a situação não mude.
Para aprovar o texto entregue na semana passada por Bolsonaro aos presidentes da Câmara e do Senado, o Palácio do Planalto precisa do apoio de, pelo menos, 308 dos 513 deputados federais, em dois turnos de votação. Além disso, de 49 votos entre os 81 senadores, também em dois turnos.
Em entrevista a VEJA, o líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento, deu o tom da preocupação no partido ao dizer que “falta o Posto Ipiranga da política” no governo. Dentro do DEM, a avaliação é de que a “tendência” é que a sigla integre a base de Bolsonaro, mas os democratas avaliam que o apoio formal da legenda não será suficiente para angariar votos no Congresso.