Mestre de capoeira é morto em Salvador após briga política
Confusão começou após agressor, que estava bêbado, declarar voto em Bolsonaro; Mestre Moa do Katendê recebeu doze facadas ao dizer que votava em Haddad
O mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como o Mestre Moa do Katendê, foi morto na madrugada desta segunda-feira (8) após uma discussão política sobre os presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). O crime ocorreu em um bar, no Dique do Tororó, em Salvador.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Moa foi atingido por doze facadas desferidas por Paulo Sérgio Ferreira de Santana, que iniciou a briga após declarar ter votado no capitão da reserva. Contrariado, Romualdo Rosário manifestou apoio a Haddad.
Após o desentendimento, o autor da agressão foi até sua casa e pegou uma faca para agredir o mestre de capoeira. O primo de Costa, Germínio do Amor Divino Pereira, também foi ferido e levado ao Hospital Geral do Estado, onde está internado.
Santana alegou ter sido xingado pela vítima e diz ter consumido bebida alcoólica desde o início da manhã de domingo (7). Ele foi preso e está na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos, na Baixa do Fiscal. Segundo a SSP-BA, já havia registros anteriores de envolvimento dele em brigas, em 2009 e 2014.
Moa do Katendê era compositor, dançarino, capoeirista, ogã-percussionista, artesão e educador. Fundou, em maio de 1978, o Afoxé Badauê. Ele completaria 64 anos em 29 de outubro.