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Na Bahia, Haddad nega ser desconhecido de nordestinos

Nesta terça, vice de Lula desembarcou em Salvador, onde se reuniu com o governador e candidato à reeleição, Rui Costa (PT), e participaria de uma caminhada

Por Rodrigo Daniel Silva
Atualizado em 21 ago 2018, 15h23 - Publicado em 21 ago 2018, 14h33
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  • Virtual substituto de Luiz Inácio Lula da Silva como cabeça de chapa do PT na corrida presidencial, o candidato a vice, Fernando Haddad, negou ser desconhecido no Nordeste e afirmou que seu périplo pela região não visa apresentá-lo ao eleitor. “A gente vinha trabalhar aqui [quando ministro da Educação]. Caminhamos essa região toda, fomos para todos os cantos da Bahia, Pernambuco, litoral, interior e capital. É uma região onde nós trabalhamos”, disse.

    Nesta semana, o ex-prefeito de São Paulo tem rodado a região. Ele desembarcou, nesta terça-feira (21), em Salvador, onde se reuniu, pela manhã, com partidos da base do governador e candidato à reeleição Rui Costa (PT). À tarde, vai participar de uma caminhada.

    Haddad afirmou ter respondido a um jornalista que o questionou se conhecia o Nordeste: “Talvez o seu estado você conheça mais do que eu. Mas o Nordeste, certamente não, porque eu não saía daqui [como ministro]. Não por mérito próprio. A determinação era essa. Toda equipe do presidente Lula rodou o país inteiro. Então, eu diria que a equipe [de Lula] é a mais nordestina, independente do local de nascimento”, contou.

    O ex-prefeito paulistano fez questão de ressaltar, ainda, que o projeto do PT é de “integração” do país. “Acredito que a candidatura do PT vai ter apoio do Nordeste pelo que nós fizemos pelo Nordeste. Lula falou que ‘não adianta me prender, porque eu sou uma ideia, sou um projeto’. Eu posso ser a figura mais conhecida no país que representa esse projeto, mas não estou só. São milhões de pessoas que abraçaram essa causa. A questão regional é importante, mas o nosso projeto é de integração”, pontuou.

    Haddad foi provocado a falar sobre se caberá aos governadores nordestinos puxar votos para ele, se assumir a candidatura, mas se esquivou. Ao ser lembrado que Lula era a âncora que elegeu chefes do Executivo estadual no Nordeste, ele respondeu: “Felizmente, os nossos governadores têm luz própria”. “Aqui na Bahia, estamos indo para o quarto governo. Três eleições ganhas no primeiro turno. Então, são pessoas que têm lideranças próprias.”

    Ele cobrou que seja cumprido o pedido da ONU (Organização das Nações Unidas) para que a candidatura de Lula seja registrada. “Isso não é pouca coisa. Devemos ter o bom senso de não romper protocolos internacionais. Neste caso, não é nem protocolo. É uma convenção que foi tornada lei pelo Congresso Nacional do Brasil. O Brasil internacionalizou essas regras da ONU no seu ordenamento jurídico e não pode fingir que não fez. Não pode não dar satisfação à comunidade internacional”, afirmou.

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