Presidente do Bahia se aproxima de petista e incomoda grupo de ACM Neto
Bellintani tem sido cotado para ser candidato a prefeito de Salvador tanto pela base do prefeito do DEM quanto pelo grupo de Rui Costa
A aproximação do presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, com o governador Rui Costa (PT) tem incomodado o grupo na Bahia do presidente nacional do DEM, o prefeito de Salvador, ACM Neto. Bellintani e o petista almoçaram juntos recentemente, e confirmaram o encontro à imprensa. No entanto, negam que tenham tratado sobre a sucessão de ACM Neto em 2020. Segundo eles, a pauta se resumiu exclusivamente a contratações do time, do qual Rui é torcedor.
Nos bastidores, o comentário, entretanto, é de que o governador convidou Bellintani para ser secretário de Educação, mas a proposta foi recusada. Com mandato no Bahia até o fim de 2020, Bellintani tem sido cotado para ser candidato a prefeito de Salvador tanto pela base do prefeito soteropolitano quanto pelo grupo de Rui Costa.
A chance de ser o postulante de ACM Neto, porém, é considerada menor, mas não impossível. Isto porque Neto tem preparado o vice-prefeito da capital baiana, Bruno Reis (DEM), para suceder-lhe. A avaliação, no entanto, é de que, se Bruno não emplacar, o presidente do Bahia pode ser o candidato da ala democrata.
Ex-secretário (de Educação, Desenvolvimento Urbano e Cultura e Turismo) de ACM Neto, Bellintani teria dificuldade para explicar ao eleitor uma eventual mudança para o grupo de Rui Costa e, por essa razão, os aliados do prefeito acreditam que o presidente do tricolor baiano quer forçar o presidente do DEM a escolhê-lo como o seu postulante ao se aproximar do governador.
Os correligionários avaliam que Bellintani deixou a prefeitura com uma marca de bom gestor, e ganhou no Esporte Clube Bahia a popularidade que não tinha. Os itens o tornam um candidato forte para a sucessão em 2020. Os aliados entendem, todavia, que o presidente do Tricolor só será o postulante de ACM Neto se o prefeito chegar com a popularidade em baixa no próximo ano. Neste cenário, o presidente nacional do DEM teria que apostar no nome mais forte para não correr o risco de perder a prefeitura para os adversários.