Para reivindicar reajuste salarial e melhores condições de trabalho, os professores da Uneb (Universidade do Estado da Bahia) decretaram greve nesta quinta-feira, 4. Com cerca de 30 mil alunos, a Uneb é a maior universidade estadual, com campus espalhados em 24 municípios baianos.
Coordenadora da Aduneb (Associação dos Docentes da Uneb), Ana Margarete Gomes afirmou que há um verdadeiro “ataque do governo aos direitos trabalhistas”. De acordo com a docente, a categoria não tem reajuste salarial há seis anos. Além disso, segundo ela, o governo tem impedido a progressão na carreira e a obtenção do status de professor exclusivo.
“Desde 2015 que nós protocolamos junto ao governo uma série de reivindicações. Nós não aguentamos mais a falta de respeito à categoria. O governo Rui Costa não nos atende. Não se preocupa com a universidade. Está praticamente acabando com as pesquisas na Uneb”, declarou, em entrevista a VEJA.
O protesto dos professores começou na tarde desta quarta-feira, 3, com a ocupação da retoria da universidade em Salvador. Além da Uneb, a Bahia tem mais três universidades estaduais: Uefs (Universidade Estadual de Feria de Santana), Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) e a Uesb (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia).
Por meio de nota, o governo informou que foi “surpreendido” com a decisão dos professores. Disse, ainda, que um dia antes do anúncio da paralisação, lideranças do governo participaram de reunião com integrantes do Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais Baianas (ADs) e marcaram um novo encontro para a próxima segunda-feira, 8.