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Rui Costa e aliados adotam cautela sobre governo Bolsonaro

Governador da Bahia, do PT, suspendeu as críticas ao presidente eleito e afirmou que se dedicará à gestão

Por Rodrigo Daniel Silva
Atualizado em 5 nov 2018, 20h21 - Publicado em 5 nov 2018, 19h07
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  • Depois de fazer uma dura campanha contra Jair Bolsonaro (PSL) em favor de Fernando Haddad (PT), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e os aliados decidiram ser cautelosos sobre o governo do presidente eleito. O petista baiano resolveu suspender as críticas e tem evitado fazer comentários sobre a futura gestão. Na semana passada, ao ser perguntado por jornalistas se teme que a Bahia seja retaliada, o governador se esquivou.

    “Eu não quero comentar declarações da política e dos políticos. Eu prefiro, como foi meu perfil durante três anos e meio, me dedicar à gestão e ao trabalho. Tem gente que nasceu para falar. Eu nasci para trabalhar. Passado o período eleitoral, que é o período próprio para falar, prefiro voltar ao meu padrão de três e meio que é colocar o trabalho acima de qualquer coisa”, tergiversou.

    Para o deputado federal Cacá Leão (PP) — filho do vice-governador da Bahia, João Leão (PP), Rui está certo na postura. “Claro que ele tem que ser cauteloso. Bolsonaro foi legitimado pelas urnas. Tem que ser respeitado. Além disso, é um governo que nem começou. O governador está certo. Eu mesmo não acredito em retaliação. Não é porque o governador é do PT que os baianos serão prejudicados. Os entes federativos precisam ser respeitados”, afirmou.

    Dos 28 deputados federais que integram a base de Rui Costa, 15 já declararam que farão oposição ao próximo governo. Oito são do PT, um do Podemos e PDT, PCdoB e PSB têm dois parlamentares, cada um. Os integrantes do PSD, PP, PR permanecem indefinidos sobre como atuarão na gestão do capitão reformado, mas já há quem tente se aproximar do presidente eleito. É o caso do deputado federal João Carlos Bacelar (PR), que visitou Bolsonaro na véspera da eleição e gravou um vídeo para publicar nas redes.

    Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar disse, nesta segunda-feira (5), que torce para que o governo Bolsonaro tenha sucesso e que “investido no cargo possa governar para todos os brasileiros sem procurar fazer nenhum tipo de discriminação”, em entrevista à rádio Metrópole.

    Presidente do Avante, o deputado federal eleito Pastor Sargento Isidório disse que sua sigla vai ficar independente na futura gestão, ao ressaltar que “prego 70% das coisas que ele prega”. Único deputado PRP (partido que também está na base petista no estado), Raimundo Costa não se manifestou, mas há expectativa que ele irá apoiar o capitão reformado.

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