Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Bem-viver

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Fila de espera para comprar iates de luxo no Brasil chega a dois anos

O mercado atrai pessoas dispostas a gastar até 100 milhões de reais em uma embarcação

Por Camila Barros Atualizado em 3 jun 2024, 16h40 - Publicado em 26 abr 2024, 06h00

A pandemia de covid-19 provocou impactos negativos em diversos setores econômicos, derrubou as economias de países ricos e pobres e fez a inflação se tornar um pesadelo global. Alguns segmentos, contudo, foram na direção oposta. Com o avanço dos negócios digitais, o comércio eletrônico e as plataformas de videoconferências, para citar poucos exemplos, viraram febre. Isso é conhecido. A novidade está numa área que, desde a crise sanitária, vive uma explosão de consumo. Trata-se do mercado náutico de luxo, destinado a pessoas dispostas a desembolsar milhões de reais por embarcações que reproduzem, nos oceanos, o conforto de que desfrutam em seus lares. Na pandemia, o isolamento limitou o convívio social e fez com que muitos ricos buscassem alternativas de lazer. O mar estava ali, à espera de ser desbravado.

Como não poderia deixar de ser, o aumento repentino na demanda pressionou a cadeia de fornecimento dos estaleiros brasileiros, que importam grande parte de suas peças. O resultado foi a alta nos preços das embarcações e o aumento da fila de espera para recebê-las. Em alguns estaleiros, as encomendas demoram dois anos para ser estregues e os preços dos iates chegam a 100 milhões de reais. “O mercado está em processo de acomodação, junto com a cadeia de fornecimento”, diz Roberto Paião, presidente da fabricante brasileira Okean Yachts. “O crescimento foi muito abrupto e agora o mercado está se adaptando, mas ainda estamos num patamar acima do nível pré-pandemia.”

Estaleiro em Itajaí: produtos feitos para exportação
Estaleiro em Itajaí: produtos feitos para exportação (Lio Simas/Divulgação)

A empresa produz iates de 52 a 100 pés, com preços que vão de 10 milhões a 65 milhões de reais. Paião diz que embarcações maiores, acima de 70 pés, têm sido a tendência entre os clientes e que o mercado vê cada vez mais consumidores de primeira viagem: na Okean, 30% deles nunca haviam comprado um barco. O empresário Júlio Mendes faz parte desse grupo. “Decidi investir num iate porque já tinha todo o resto — carro, casa, roupas”, diz. “Tenho uma casa na beira de um rio, então me pareceu uma boa ideia ter um iate para me buscar na porta de casa.”

O mercado brasileiro permanece em alta mesmo no pós-pandemia. A filial do estaleiro italiano Azimut, um dos mais renomados do mundo, revela ter faturado 500 milhões de reais entre setembro de 2022 e setembro de 2023, período chamado de “ano náutico”. O montante representa um aumento de 25% em relação ao ano anterior e é fruto da venda de 47 embarcações. “Para a temporada de 2024, a nossa expectativa é fabricar 47 barcos e faturar 550 milhões”, afirma Francesco Caputo, executivo-chefe da operação brasileira. Uma tendência forte do mercado é a internacionalização. Segundo a Associação Brasileira dos Construtores de Barcos, as exportações náuticas somaram 150 milhões de dólares em 2023 — um recorde. Entre os principais destinos estão Estados Unidos, Austrália e Portugal. Mais uma vez, singrar os mares pode render tesouros.

Publicado em VEJA, abril de 2024, edição VEJA Negócios nº 1

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.