Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Imagem Blog

Clarissa Oliveira

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Notas sobre política e economia. Análises, vídeos e informações exclusivas de bastidores
Continua após publicidade

Paulo Guedes entrega munição de mão beijada para Lula na reta final

Novo plano do ministro da Economia é uma pedra no sapato do presidente Jair Bolsonaro e um presente de campanha para o petista

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 20 out 2022, 11h50 - Publicado em 20 out 2022, 11h48

Em política, qualquer um sabe que é má ideia sentar na cadeira antes da hora. É claro que, em um governo de continuidade, a coisa é bem diferente. É preciso um plano de voo constante, manter a máquina rodando. Mas iniciar às vésperas de uma eleição o debate interno sobre medidas que mexem diretamente com o bolso dos eleitores mais vulneráveis é um presente dos grandes para o adversário.

+Leia também: O antagonismo entre Lula e Bolsonaro no reajuste do salário mínimo

Segundo uma reportagem de hoje no jornal Folha de S. Paulo, assinada pelas jornalistas Idiana Tomazelli e Julianna Sofia, algo nessa linha está em curso no governo Bolsonaro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, prepara “um ambicioso plano para refundar as contas públicas no País”. Uma espécie de marco fiscal, que guiaria sua permanência no cargo num eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro.

Um ponto importante em discussão seria mudar as regras de indexação do salário mínimo e de benefícios previdenciários atrelados a ele, como as aposentadorias. Uma ideia antiga da equipe de Guedes, que até hoje custou a avançar justamente por conta de sua enorme impopularidade. O relator da PEC do Pacto Federativo, Marcio Bittar, que o diga. Coube a ele tentar emplacar a ideia de não corrigir o salário mínimo pela inflação para bancar a reformulação do programa Bolsa Família, na época ainda chamado de Renda Brasil. No fim das contas, o próprio Bolsonaro acabou derrubando a ideia.

Continua após a publicidade

O plano em discussão na equipe de Guedes inclui ainda, segundo o jornal, uma reformulação da regra do teto de gastos. O afastamento da necessidade de licenças para gastos extra-teto, novas exceções à regra e correção menor de algumas despesas estariam no horizonte do governo para o segundo mandato. Por enquanto, está tudo em discussão, nada é definitivo. Mas o plano é bater o martelo em breve e apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição ao Congresso já no dia seguinte à eleição.

Segundo trechos da proposta mostrados pela reportagem, uma das ideias é que a correção do salário mínimo e dos benefícios previdenciários deixe de ser feita pela inflação passada – hoje ela é feita pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Na proposta de nova regra, a correção do piso “considera a expectativa de inflação e é corrigido, no mínimo, pela meta de inflação”. O gasto com benefícios previdenciários “também deixa de ser vinculado à inflação passada”. Ou seja, por essa premissa, os reajustes seriam feitos acordo com as previsões do governo e não com o aumento real dos preços medido no ano anterior. Outra ideia seria fazer a correção pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), índice que costuma ser menor que o INPC.

Continua após a publicidade

Como mostra a reportagem, se fôssemos considerar a correção dos valores pela meta de inflação deste ano o salário mínimo seria reajustado em 3,5%. Pela previsão do IPCA, em 5,03%. Mas, pela projeção do INPC, a correção é de 10,16%. Números que encaixariam perfeitamente na propaganda eleitoral do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que há tempos promete retomar reajustes do salário mínimo acima da inflação.

+Leia também: Lula evitou que carta virasse promessa de um governo mais evangélico

 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.