O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin deram sinais de sobra de que a chapa conjunta para a eleição presidencial está amarrada. Lula elogiou mais de uma vez a composição. Alckmin está com um pé no PSB, partido alinhado ao ex-presidente. Mas, segundo petistas diretamente envolvidos nas negociações, três obstáculos relevantes ainda precisam ser superados para que a chapa Lula-Alckmin possa ser sacramentada.
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Primeiro: falta oficializar a parte burocrática do acordo. Alckmin ainda não selou sua filiação ao PSB e até deixou circular nos últimos dias que continua conversando com o PV. A escolha é determinante para que o PT possa seguir com as negociações entre os partidos que apoiarão Lula. Além disso, o ex-presidente também tem que oficializar sua entrada na disputa, o que deve ocorrer no início de abril.
Segundo: Lula ainda não submeteu a indicação de Alckmin ao PT. Ninguém tem a menor dúvida de que qualquer resistência à escolha do vice vai virar poeira no momento em que Lula disser que quer mesmo o ex-governador como número dois. Mas há um protocolo a ser seguido. O nome de Alckmin tende a ser submetido ao menos a uma votação no Diretório Nacional. Esse processo ainda não foi iniciado, mas pode ser deflagrado ainda nesta semana.
Terceiro e mais importante: Lula ainda não deu por encerradas as conversas com outros partidos importantes para uma possível aliança no primeiro turno. O PSD, por exemplo, avalia lançar a candidatura presidencial do governador gaúcho Eduardo Leite. Mas, enquanto o martelo não estiver batido, o PT deixará a porta aberta para a legenda de Gilberto Kassab. Há quem diga que Lula não desistiu totalmente de trazer também o MDB. A entrada de qualquer um desses partidos no acordo pode atrapalhar a indicação de Alckmin.
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