Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Coluna da Lucilia

Por Lucilia Diniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Um espaço para discutir bem estar, alimentação saudável e inovação
Continua após publicidade

O risco dos maus hábitos

Fiquemos atentos à Pibe, a “propensão individual ao bem-estar”

Por Lucilia Diniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h46 - Publicado em 30 abr 2020, 19h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • “As condutas, assim como as doenças, são contagiosas”, assinalou o filósofo britânico Francis Bacon (1561-1626) no século XVI, o mesmo Bacon que inspirou o presidente americano Donald Trump a dizer que “um tratamento não pode gerar efeitos piores que os da própria doença”. Trump se referia à economia, antes de ter certeza de que o isolamento social seria a única maneira de conter o avanço da pandemia nos Estados Unidos. Seu pensamento acabou em descrédito, mas a frase filosófica que abre este artigo permanece atual como nunca.

    A vida saudável entrou em lockdown, e com ela a vontade de manter o corpo em movimento. Academias fecharam, parques foram cercados e grupos de corrida, desfeitos. Nas redes sociais, vejo muitos perfis de pessoas saudáveis, e até mesmo de influenciadoras fitness, trocando cenas de treino e corrida por imagens de sofá, cobertor, bolo de cenoura e vinho. Em poucas semanas ganhamos motivos de sobra para ficar mais tristes, ansio­sos, deprimidos e indulgentes. A sensação é que o mundo inteiro encontrou a desculpa perfeita para relaxar nos cuidados com o corpo. Mas será que precisava ser assim?

    O fato é que os maus exemplos de conduta, disseminados pelas redes sociais, geram um tipo de contágio cuja distância social não previne: a propagação dos maus hábitos. Infelizmente, pouca gente procura alternativas para — ou se questiona sobre — atividades que preservem o bem-estar físico nestes tempos de pandemia.

    “Vejo muita gente trocando cenas de treino e corrida por imagens de sofá, bolo de cenoura e vinho”

    Continua após a publicidade

    Para mim, até hoje não está claro qual o risco real de praticarmos caminhada na rua protegidos por máscara, sem tocarmos em nada e mantendo a distância segura de outras pessoas, de acordo com as boas normas. Hoje cada país define suas regras de circulação fora de casa. Muitos deles, como a França e a Inglaterra, permitem a caminhada esportiva individual ou com animais de estimação na vizinhança, desde que a distância social seja respeitada. Outros, como a Espanha, no auge da epidemia, multavam mesmo os corredores solitários em 601 euros. Nova York também não permitiu treino externo de modo algum.

    Ainda que estejamos diante de uma enorme ameaça à saúde pública, não podemos ignorar o fato de que a falta de atividade física, combinada com maus hábitos alimentares, abre caminho para diversas doenças, inclusive a depressão. E, quando estamos prostrados, ou simplesmente de baixo-astral, a vontade de zelar pelo corpo cai consideravelmente, o que incentiva uma espiral negativa de desânimo, letargia, abatimento, stress e melancolia.

    Hoje já se sabe que caminhar a 4 quilômetros por hora não põe em risco ninguém que esteja além de um raio de 5 metros de distância. Pensando que o afastamento social pode durar ainda alguns meses, com eventuais recaídas, não caberia uma discussão aprofundada sobre como regular a prática de atividade física durante a quarentena? Será que os parques públicos não poderiam permitir a entrada limitada de praticantes de caminhada, contanto que as pessoas respeitassem uma distância segura umas das outras, tal como é feito em supermercados e farmácias? Cartas à redação.

    Continua após a publicidade

    Publicado em VEJA de 6 de maio de 2020, edição nº 2685

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.