Embora não precise de filiação partidária até seis meses antes da próxima eleição presidencial, Jair Bolsonaro deu a partida para a busca de uma legenda e, em princípio, escolheu tentar uma volta ao PSL. Existe uma razão prática para isso: a impossibilidade matemática de o partido que lançou em novembro de 2019, o Aliança pelo Brasil, obter o registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral até abril de 2022.
Depois de nove meses de seu lançamento, o Aliança conseguiu validar menos de 18 mil assinaturas de apoio das 492 mil exigidas por lei. Nos 20 meses restantes até a data final de registro, seriam necessárias as validações de 23 mil e 700 assinaturas por mês. Isso sem contar os prazos para cumprimentos de outras exigências da Justiça Eleitoral.
E por que escolher o PSL onde Bolsonaro se atritou com a direção? Porque o partido tem bancada, a segunda maior da Câmara, e, nessa condição, direito a gorda parcela (R$ 193 milhões) do fundo eleitoral, perdendo apenas para o PT que fica com R$ 203 milhões do total de R$ 2 bilhões destinados a 33 legendas.