A irrepreensível firmeza e a inquestionável clareza com que o ministro relator vem expondo seus argumentos nesses três dias de julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, tiveram um efeito evidente sobre o ministro Gilmar Mendes. Irônico, provocativo e em boa medida deseducado no primeiro dia em relação a Herman Benjamin, o presidente do TSE mudou de atitude. Deixou de lado as ironias para se referir ao relato do colega de modo bastante mais respeitoso. Sereno, e ao mesmo tempo contundente, o relator impôs ao ambiente um clima desfavorável a performances individuais. Em outras palavras, mostrou a Gilmar Mendes que brincadeira tem hora.