Não tem nada de heroica a decisão do ex-presidente Lula de se recusar a cumprir o pedido do Ministério Público para a progressão de sua pena ao regime semiaberto. Ele alega que não vai “barganhar” sua liberdade, quando não há nenhuma negociação em jogo. O que o MP pediu à Justiça é o que está previsto em lei.
Trata-se, portanto, de um cálculo político. Visto que não está em presídio, onde as condições seriam bem diferentes das dependências da Polícia Federal em Curitiba com frigobar, televisão e esteira, Lula prefere aguardar que porventura uma decisão do Supremo Tribunal Federal venha a determinar sua liberdade. Seria algo como chancela do STF ao julgamento dito injusto.