As 72 virgens do paraíso islâmico estão sempre virgens?
Sim, segundo al-Suyuti, um comentarista do Alcorão. Seu texto sobre o assunto só é recomendado para maiores de 18 anos (a Bíblia também guarda surpresas)
As descrições do paraíso na tradição islâmica são muito picantes e podem chocar alguns. Os trechos não costumam aparecer com frequência nas mesquitas, mas ainda influenciam os radicais. Entre aqueles dispostos a se matar em um atentado (o Islamismo proíbe o suicídio, mas não o martírio), é inegável que esse tipo de literatura exerce um poder especial.
No Corão, surata 56, versos de 12 a 39, lê-se o seguinte:
“Nos Jardins da Delícia. Uma multidão dos primeiros (profetas e povos que os seguiram). E um pouco dos derradeiros (os seguidores do profeta Maomé). Estarão sobre leitos de tecidos ricamente bordados, Neles reclinados, frente a frente (…) E haverá húris (virgens) de belos grandes olhos, Iguais a pérolas resguardadas, Em recompensa do que faziam“
O Corão, como já escrevi no post Se o paraíso islâmico tem 72 virgens, que interesse despertaria em uma mulher-bomba? não fala o número 72. Isso vem da Hadith, as narrações de palavras e atos de Maomé.
Quanto à questão da virgindade eterna, quem vai esclarecer isso é o comentarista e matemático al Suyuti, que viveu no Egito até 1505. O trecho abaixo não é recomendado para menores de 18 anos:
“A cada vez que nós dormimos com uma húri (virgem) nós a encontramos virgem. Além disso, o pênis dos Eleitos nunca amolece. A ereção é eterna; a sensação que você sente a cada vez que faz amor é muito deliciosa e de fora desse mundo e se você tentar experimentar isso nesse mundo você vai falhar. Cada escolhido (muçulmano) irá casar com setenta virgens, além das mulheres que ele casou na Terra, e elas terão vaginas apetitosas”.
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A Bíblia também tem alguns trechos voluptuosos. Eles não descrevem a vida após a morte, como o Corão. Em vez disso, narram os versos de amor trocados entre um jovem casal. É o Cântico dos Cânticos, um longo poema que faz parte do Antigo Testamento. Em Cânticos 7 (1-11), pode-se ler o seguinte:
“Quão formosos são os teus pés nos sapatos, ó filha do príncipe! Os contornos de tuas coxas são como joias, trabalhadas por mãos de artista. O teu umbigo como uma taça redonda, a que não falta bebida. O teu ventre é como montão de trigo, cercado de lírios. Os teus dois seios são como dois filhos gêmeos de gazela (…). Quão formosa, e quão aprazível és, ó amor em delícias! A tua estatura é semelhante à palmeira; e os teus seios são semelhantes aos cachos de uvas. Digo eu: Subirei à palmeira, pegarei em seus ramos. Então, os teus seios serão como os cachos na vide. E o cheiro da tua respiração como o das maçãs. E a tua boca como o bom vinho para o meu amado, que se bebe suavemente, e faz com que falem os lábios dos que dormem. Eu sou do meu amado, e ele me tem afeição. Vem, ó amado meu, saiamos ao campo, passemos as noites nas aldeias. Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se já aparecem as tenras uvas, se já brotam as romãzeiras; ali te darei os meus amores.”