Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

É Tudo História

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
O que é fato e ficção em filmes e séries baseados em casos reais
Continua após publicidade

A história real por trás da chacina retratada em ‘Os Quatro da Candelária’

Minissérie da Netflix dirigida por Luis Lomenha e Márcia Faria revisita a Chacina da Candelária, crime ocorrido no Rio de Janeiro em 1993

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 nov 2024, 18h41 - Publicado em 1 nov 2024, 18h34
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Minissérie mais vista no Brasil na Netflix nesta sexta-feira, 1º, Os Quatro da Candelária imagina a vida de quatro vítimas da Chacina da Candelária, crime que abalou o Brasil em 1993. Na madrugada de 23 de julho daquele ano, policiais militares atiraram contra cerca de 40 pessoas, entre crianças, adolescentes e adultos, que dormiam na escadaria da Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, matando seis menores de idade e dois jovens.

    Dirigida por Luis Lomenha e Márcia Faria, a produção de quatro episódios segue quatro personagens principais: Douglas (Samuel da Silva Martins), Sete (Patrick Congo), Pipoca (Wendy Queiroz) e Jesus (Andrei Marques), acompanhando os dias que antecederam os crimes e mostrando como cada um tinha um sonho a ser realizado quando suas vidas foram atravessadas pela tragédia.

    Os personagens foram inspirados em algumas das vítimas da vida real, a partir de depoimentos de sobreviventes e parentes, em uma narrativa tocante sobre o caso que ilustrou a dureza da vida nas ruas, o racismo da sociedade e o destino cruel de muitas pessoas marginalizadas.

    Qual a história real da Chacina da Candelária

    Em 23 de julho de 1993, um táxi e um chevette pararam na frente da Igreja da Candelária. Dos dois veículos, desceram policiais militares à paisana que começaram a atirar contra todos que dormiam na escadaria da igreja, matando seis menores de idade e dois adultos, sendo eles: Paulo Roberto de Oliveira, 11 anos; Anderson de Oliveira Pereira, 13 anos; Marcelo Cândido de Jesus, 14 anos; Valdevino Miguel de Almeida, 14 anos; “Gambazinho”, 17 anos; Leandro Santos da Conceição, 17 anos; Paulo José da Silva, 18 anos; e Marcos Antônio Alves da Silva, 19 anos. O crime teria sido motivado por vingança, já que uma viatura havia sido apedrejada por um dos menores de idade, no dia anterior.

    O caso ganhou repercussão nacional e internacional, gerando protestos de grupos defensores de direitos humanos e instituições internacionais exigiam que as autoridades brasileiras encontrassem os responsáveis. De acordo com a investigação da perícia, três revólveres de calibre 38 foram usados no crime. Wagner dos Santos e Marco Antônio Alves da Silva, dois sobreviventes da chacina, ficaram internados no hospital sob proteção da Polícia Civil.

    Continua após a publicidade

    Wagner reconheceu o soldado Marcos Emanuel, o tenente Marcelo Cortes, o serralheiro Jurandir Gomes da França e o soldado Cláudio Luís dos Santos como autores da chacina, e o jovem sofreu um novo atentado um ano e meio depois, sobrevivendo novamente. A testemunha apontou o policial Carlos Jorge Liafa como responsável pelo nova tentativa de matá-lo, e ele foi preso em 1996. Com medo, Wagner foi enviado para a Suíça como parte do programa de proteção a testemunhas.

    O ex-soldado Nelson de Oliveira dos Santos Cunha confessou seu envolvimento na chacina, e ainda delatou Marcos Emanuel, além de outros dois policiais, Marco Aurélio Alcântara e Maurício da Conceição Filho — este, morto em 1994, antes de ir a julgamento.

    Em 1996, os acusados foram a julgamento, com Wagner sendo a testemunha-chave da promotoria. Três policiais foram condenados pela chacina. Marcos Emanuel foi sentenciado a 300 anos de reclusão em regime fechado, Nelson de Oliveira dos Santos Cunha, a 18 anos, e Marcos Aurélio Dias Alcântara, a 204 anos. Nelson cumpriu pena até sua extinção, em 2008; Marco e Marcus cumpriram suas penas até receberem indultos judiciais em 2011 e 2012, respectivamente. Hoje, os três estão soltos.

    Continua após a publicidade

    Marcelo Ferreira Cortes, Cláudio Luiz Andrade dos Santos e Jurandir Gomes de França foram absolvidos no processo.

    Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.