Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

É Tudo História

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O que é fato e ficção em filmes e séries baseados em casos reais

O desastre nuclear japonês real que inspirou série fenômeno da Netflix

Lançada recentemente na plataforma, "Os Três Dias que Mudaram o Mundo" retrata a sequência de tragédias que levou ao acidente de Fukushima, no Japão

Por Amanda Capuano Atualizado em 16 Maio 2024, 00h00 - Publicado em 8 jun 2023, 13h32

No dia 11 de março de 2011, um terremoto de magnitude 9.1 atingiu o Japão, causando um tsunami de proporções assustadoras. As ondas deixaram cerca de 18 mil mortos no país e desencadearam ainda mais uma tragédia: o acidente nuclear de Fukushima, retratado em detalhes nos oito episódios da minissérie japonesa Os Três Dias que Mudaram o Mundo, que integra hoje o ranking das mais vistas na Netflix. A produção é estrelada por Yakusho Koji, que interpreta um personagem inspirado em Masao Yoshida, o gerente da usina nuclear de Fukushima Daiichi.

Como mostra a produção, o desastre se iniciou com um tremor de seis minutos sentido em todo o país. Pouco depois, ondas de até 15 metros de altura atingiram a costa leste do Japão, carregando consigo casas, prédios, automóveis e tudo o que estivesse pela frente – até mesmo a usina nuclear. Segundo os relatos, três reatores funcionavam naquele dia na usina de Fukushima Daiishi. Com o terremoto, todas as linhas de transmissão de energia que a alimentavam foram danificadas, o que ativou geradores a diesel que assumiram a movimentação das bombas de resfriamento dos reatores.

O pior viria em seguida: pouco antes das 15h, a usina foi atingida por duas grandes ondas. Os muros de pouco mais de 5 metros não conseguiram conter a coluna de água, que tinha o triplo do tamanho, e as ondas inundaram imediatamente o subsolo do prédio, onde ficavam os geradores. Com o alagamento, eles pararam de funcionar, deixando o local sem energia para o resfriamento dos reatores, que superaqueceram rapidamente ao longo do dia. Com a iminência de um desastre, as autoridades evacuaram os moradores em um raio de 20 quilômetros da usina.

Às 15h36 do sábado, dia 12, uma explosão de hidrogênio atingiu o prédio de contenção do Reator 1, destruindo o teto e a cobertura. Com isso, vapor radioativo foi liberado na atmosfera e houve vazamento de água contaminada no Pacífico. Os núcleos dos reatores de Fukushima derreteram, e os reatores seguiram sendo resfriados por meses, deixando o país em estado de alerta durante esse período. Até então, não havia registros de mortes decorrentes do acidente nuclear – mas em 2018 o governo japonês confirmou o óbito de um trabalhador de Fukushima por câncer causado pela exposição à radiação.

No total, 160 mil pessoas foram evacuadas. Algumas cidades próximas, como Okuma e Futaba, permaneceram interditadas até 2019 e 2020, quando foram parcialmente reabertas, e a expectativa é que algumas regiões permaneçam em processo de descontaminação até 2050. Por isso, o acidente de Fukushima é até hoje considerado o desastre nuclear mais grave desde a explosão de Chernobyl, na Ucrânia, em 1985. É também a maior catástrofe japonesa desde as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945, durante a Segunda Guerra Mundial.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.