A imprensa e o método fônico na alfabetização
Por que a imprensa não fica do lado das evidências incontroversas a respeito da superioridade do método fônico e de seu uso nos países desenvolvidos?
A imprensa e o método fônico
Um artigo do jornalista Hélio Schwartsman no Jornal Folha de São Paulo de hoje, 22 de março, revela dois importantes aspectos de um debate que não existe sobre a questão do método fônico na alfabetização.
Com muita argúcia e conhecimento de causa, o jornalista mostra que existem dois lados: um lado simpático, popular, que advoga o que ele chama de “construtivismo”. E um lado científico, das evidências incontroversas a respeito da superioridade do método fônico e de seu uso nos países desenvolvidos. E o articulista da Folha conclui que a imprensa prefere tomar o lado simpático, em vez do lado que funciona.
Estamos diante de uma oportunidade única para avançar nessa questão. Há vinte anos militando na área de alfabetização, estou acostumado a conviver com a arrogância, prepotência, incompreensão, ignorância, má vontade, má fé e tantas outras características perversas da natureza humana. E é triste quando ela vem de pessoas que foram educadas, tiveram formação científica, ocupam posições importantes, mas abrem mão de tudo isso para, como diz Hélio Schwartsman, ficar do lado “simpático”.
O IAB sempre esteve e estará ao lado das evidências. E continuaremos assim, ajudando a alfabetizar as crianças nos municípios onde somos bem-vindos.
A expectativa é que haja mais vozes como a do jornalista Hélio Schwartsman.