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Educação em evidência

Por João Batista Oliveira Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Investir na Primeira Infância não é sinônimo de construir creches

Hoje sabemos que o investimento mais produtivo que uma nação pode fazer é na formação de capital humano, em especial aquele feito na fase da Primeira Infância.

Por Da Redação Atualizado em 30 jul 2020, 21h23 - Publicado em 9 nov 2016, 07h02

Comecemos pelo positivo: hoje sabemos que o investimento mais produtivo que uma nação pode fazer é na formação de capital humano. E sabemos mais: de todos os investimentos em capital humano, o mais rentável é o investimento na Primeira Infância.

Investir na Primeira Infância não é sinônimo de construir creches. Investir na Primeira Infância, de maneira correta, é assegurar que todas as crianças do município tenham condições de atingir o seu máximo potencial – independentemente da condição financeira de seus pais. Este é um desafio gigantesco – vamos ver algumas coisas que um prefeito pode fazer.

O maior benefício para o desenvolvimento normal de uma criança é nascer num ambiente livre de fatores de risco. Fatores de risco incluem a pobreza e tudo que normalmente está associado a ela, embora não somente a ela: desnutrição, insegurança alimentar, desemprego, violência doméstica, dificuldade de acesso a serviços adequados de saúde, insalubridade, drogas, alcoolismo, falta de esgoto e água tratada, e tudo o mais que contribuir para aumentar o nível de estresse. Este, por si só, é um desafio gigantesco para qualquer prefeito. Mas é a maior contribuição que ele pode dar para a formação de capital humano: eliminar, reduzir ou mitigar os fatores de risco.

Exemplos de algumas medidas práticas para começar uma Política para a Primeira Infância são programas como o Bolsa Família e outros que assegurem uma renda mínima. Há também programas de atendimento pré-natal, de preferência associados à garantia dos serviços médicos necessários. Outros complementos importantes seriam programas voltados para o preparo psicológico dos pais para receber e cuidar dos filhos.

Quando a criança nasce ela precisa de muito cuidado e atenção – portanto fazem sentido os programas que permitam que pais e mães cuidem de seus filhos e/ou que consigam apoio para isso – na forma de orientação, programas de visitação familiar, cuidadores e atendimento institucional em creches ou instituições similares. Programas que ensinam os pais a lidar com os filhos, conversar com eles, desenvolver o gosto e hábito pela leitura também constituem importantes ajudas ao desenvolvimento infantil.

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Além disso, naturalmente, um bom atendimento pediátrico, se possível até os cinco anos de idade, constitui um excepcional investimento com alto retorno para os indivíduos e a sociedade. Petrolina (PE) e Boa Vista (RR) são municípios com interessantes iniciativas na área da Primeira Infância. O programa Primeira Infância Melhor (PIM), do Rio Grande do Sul, também é um exemplo interessante e bem sucedido de programa de visitação familiar.

Creches são apenas uma das possibilidades dentro de uma gama de serviços que podem ser oferecidos à população. Elas são ótimas para ajudar as mães – mas não são necessariamente boas para as crianças. Para ajudar as crianças, as creches precisam ter excelente qualidade, e isso nem sempre é possível com os recursos existentes – nem mesmo se o prefeito for muito eficiente.

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