Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Educação em evidência

Por João Batista Oliveira Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.

Os desafios do novo ministro da Educação de Bolsonaro

A escolha do atual titular da pasta surpreendeu por representar uma via pouco provável: em meio às pressões, Bolsonaro optou por dar a volta por cima.

Por João Batista Oliveira Atualizado em 8 abr 2019, 18h43 - Publicado em 8 abr 2019, 16h19

A escolha do novo ministro da Educação surpreendeu por representar uma via pouco provável: no meio a tantas pressões, o presidente Bolsonaro optou por dar a volta por cima. O ministro Abraham Weintraub conta com vários trunfos a seu favor:  experiência gerencial, foi treinado para tomar decisões por critérios racionais, tem acesso ao poder e, sobretudo, conhece os recônditos mais obscuros do poder e dos mecanismos que levam ou não ao encaminhamento das propostas dos ministros.

De sua experiência anterior, é particularmente relevante seu conhecimento sobre a Previdência Social. Esse conhecimento permitirá ao MEC encarar com objetividade a inviabilidade do Plano Nacional de Educação (PNE), dadas as suas implicações financeiras. Também será crucial para orientar a revisão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que deverá levar em conta suas implicações para a folha dos aposentados. E, quem sabe, conseguirá alertar o Ministério da Economia sobre as implicações da reforma da Previdência para a saúde financeira de estados e municípios.

O ministro Weintraub será pressionado a adotar a agenda do governo anterior – e precisará de uma enorme dose de sabedoria e prudência para diferenciar o que é prioritário para a agenda do MEC do que é urgente, à luz da antiga agenda. Se enveredar pela retórica de “trocar de pneu com o carro andando”, ele ficará com pneus novos e uma furreca enguiçada na mão.

Embora surpreendente, a escolha do ministro tem sua lógica, e recai sobre alguém que optou por apoiar e ajudar as bandeiras defendidas pelo atual governo. Dentre elas, salienta-se o aceno para um país com um viés liberal, com menos Brasília. Menos Brasília, na educação, significa um MEC totalmente diferente, muito mais enxuto. Se essa agenda caminhar, o MEC também precisará de uma estrutura e um modus operandi dramaticamente diferentes dos atuais.

Ainda que o governo tenha tardado a enxergar a paralisia do MEC, o ministro que entra precisa e merece um período de trégua para compor sua equipe e dizer a que veio. O que ele não tem direito de fazer é cometer os mesmos erros de seu antecessor – o maior dos quais foi montar uma equipe cuja característica comum mais importante era o elevado nível de inexperiência associado à falta de preparo e de vontade para o diálogo.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.