Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Educação em evidência

Por João Batista Oliveira Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O que as evidências mostram sobre o que funciona de fato na área de Educação? O autor conta com a participação dos leitores para enriquecer esse debate.

Prova Brasil e eleições

Somente profundas transformações na forma de pensar e de promover uma reforma da educação poderão tirar o Brasil do atoleiro. Com a palavra, os candidatos.

Por João Batista Oliveira Atualizado em 31 ago 2018, 18h27 - Publicado em 30 ago 2018, 13h58

Divulgados hoje, os resultados da Prova Brasil de 2017, que integra o SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica, oferecem interessante munição para o debate eleitoral. Como esperado, há poucas surpresas. Poucas, mas importantes.

A surpresa mais interessante vem do MEC, que, na nota de divulgação do documento informativo, chama atenção para a gravidade da situação. Outra surpresa interessante – e decorrente da primeira – encontra-se na forma de divulgação dos dados: desta vez, o MEC divulgou as notas da Prova Brasil, e não o IDEB. O IDEB mistura as notas com o resultado de ações relacionadas com o fluxo escolar (taxa de aprovação dos alunos) e dá uma ideia equivocada do resultado real. Como o fluxo já foi corrigido em grande parte, sobra pouco espaço para avançar dessa forma: chegou a hora da verdade, que o indicador costumava camuflar.

Por que o MEC destaca a gravidade da situação? Por conta do que os resultados parecem sugerir: chegamos a um ponto de inflexão. Por exemplo, nas séries iniciais tivemos um aumento médio de 37 pontos entre 2005 e 2018 – uma média de 7,4 pontos de avanço em cada aplicação da Prova. Desta vez, a média foi de 4 pontos – nenhuma rede pública avançou de maneira significativa e 6 delas tiveram notas piores. Nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio, o resultado foi ligeiramente negativo. Há indícios de que a locomotiva do avanço – melhorias na série inicial – pode estar chegando ao limite de sua capacidade. O tema é mais grave porque isso ocorre antes de termos atingido um nível mínimo de desempenho nesta e nas demais etapas.

Aí entra a segunda informação relevante: numa escala de proficiência de 1 a 9, metade dos alunos encontra-se no nível 4 nas séries iniciais; 3 nas séries finais; e 2 no ensino médio. A metade boa não vai longe, e a metade ruim não tem condições de prosseguir os estudos.

Resta aos especialistas e à sociedade interpretar esses fatos. A meu ver, trata-se do esgotamento das saídas fáceis e do modelo centralizado das “ideias infalíveis” que o MEC vem promovendo nas últimas décadas, cacoete que a maioria dos candidatos vem repetindo.

O SAEB avisa: daqui para frente, somente profundas transformações na forma de pensar e de promover uma reforma da educação poderão tirar o Brasil do atoleiro. Com a palavra, os candidatos.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.